O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou o descompasso entre a percepção da população e os indicadores econômicos positivos como uma questão de comunicação. Segundo ele, há um “abismo” entre o que está acontecendo e o que é divulgado nas redes sociais.
Nesta semana, a pesquisa Quaest mostrou uma piora na avaliação da economia, apesar dos dados positivos de emprego e inflação controlada.
Haddad comparou com os primeiros mandatos de Lula, onde a percepção pública era mais positiva. Ele atribui a mudança atual à estratégia de oposição nas redes sociais.
“Temos uma oposição que atua para minar a credibilidade das instituições e dos dados oficiais do Estado brasileiro, operando diariamente nas redes sociais. É uma prática protofascista, não há outra palavra”, disse durante uma sabatina no congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Ele também mencionou uma operação recente da Polícia Federal que prendeu cinco pessoas suspeitas de esquema de monitoramento ilegal e produção de notícias falsas contra deputados de Jair Bolsonaro, utilizando sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Haddad destacou surpresas positivas nos dados de venda de frete e volume de serviços prestados, enquanto a inflação surpreendeu ao cair. “Podemos ter um mandato com crescimento e inflação em queda, estamos mudando de rota”, afirmou.
Fiscal
O ministro também comentou sobre a instabilidade fiscal dos últimos anos e a necessidade de organização. Haddad reforçou que o plano de trabalho do governo está sendo seguido, mas é preciso “paciência” para colocar ordem na “confusão social”.
Ele criticou oponentes políticos, afirmando que o Brasil passou por duas pandemias: a pandemia propriamente dita e a eleição de 2022, que segundo ele, envolveu práticas fiscais irresponsáveis.
Haddad ressaltou que o Brasil tem uma grande oportunidade de aliar desenvolvimento econômico e social com a questão ambiental, e que é preciso avançar nesse sentido.
