Durante dois encontros recentes com o presidente Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu atribuições que originalmente caberiam ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Lula decidiu afastar Padilha dessas negociações e delegar a Haddad a responsabilidade pela condução da pauta econômica junto ao Congresso. Entre as prioridades da Fazenda estão a aprovação do Orçamento de 2025 e a implementação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, uma das promessas de campanha de Lula.
Estratégia Adiada
Apesar da relevância da isenção do IR, Lula determinou que o tema não seja discutido no Congresso, nem mesmo de forma preliminar, até a troca das lideranças na Câmara e no Senado.
Resistência a Cortes
A equipe econômica de Haddad tentou persuadir Lula sobre a necessidade de reduzir gastos para controlar a alta do dólar e evitar o aumento da taxa Selic. No entanto, o presidente tem resistido a medidas de ajuste fiscal.
Limites para Avanços
Lula deixou claro a Haddad que o governo não irá além do que já foi realizado, como a redução no reajuste do salário mínimo, sinalizando limites para novas ações.
Instabilidade no Governo
O ministro Alexandre Padilha enfrenta uma situação delicada e pode ser o próximo a deixar o governo, seguindo o exemplo de Paulo Pimenta, ex-chefe da Secom. A articulação política segue como um dos pontos críticos da gestão Lula.