Neste fim de semana, os respeitados jornais paulistas, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, expressaram críticas contundentes à atuação do Supremo Tribunal Federal em relação à sua postura diante de críticas e à censura imposta a algumas pessoas na internet. Enquanto isso, O Globo, do Rio de Janeiro, posicionou-se a favor do projeto de lei destinado a combater as notícias falsas nas redes sociais.
A Folha, sob o comando do empresário Luís Frias, que também controla o portal UOL e o PagBank, destacou especificamente o ministro Alexandre de Moraes, que além de integrar o STF, preside o Tribunal Superior Eleitoral. Em seu editorial “Censura promovida por Moraes tem de acabar”, publicado no domingo (14.abr.2024), o jornal enfatizou a inconstitucionalidade de impedir a expressão nas redes sociais e defendeu que a punição deve ocorrer apenas após o devido processo legal.
O Estadão, por sua vez, com 149 anos de história e controlado pela tradicional família Mesquita, adotou um tom menos incisivo em seu editorial “A legítima crítica ao Supremo”. O jornal paulistano ressaltou a confusão entre críticas e ataques por parte do Judiciário, defendendo a necessidade de uma atuação conforme a lei.
Enquanto isso, O Globo abordou a importância do Projeto de Lei de Regulação das Redes Sociais em seu editorial “É um erro atrasar aprovação do PL das Redes Sociais”, enfatizando a necessidade de responsabilização das empresas digitais por conteúdos criminosos e a importância da transparência nas decisões judiciais.
Esses posicionamentos refletem não apenas as preocupações com a liberdade de expressão e o papel do STF, mas também as divergências em relação ao combate às notícias falsas e à regulamentação das redes sociais. Enquanto Folha e Estadão focam na atuação do Judiciário, O Globo destaca a importância da legislação para lidar com os desafios das redes sociais.
