Nesta semana, duas notícias trouxeram à tona lembranças negativas dos primeiros governos do PT, refletindo o estilo petista de governar: uma sobre agências reguladoras e a outra sobre fundos de pensão de estatais e bancos. Essas questões revelam a abordagem intervencionista do PT, misturando o setor público com o privado de maneira problemática, uma prática comum no Brasil, tanto em governos de esquerda quanto de direita.
O primeiro caso envolve o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, que se tornou uma figura chave no governo Lula, mesmo sendo pouco conhecido anteriormente. Silveira foi fundamental para a queda de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras, outra lembrança negativa da primeira fase petista. Silveira, do PSD, e Prates, do PT, são exemplos dessa mistura de interesses.
Recentemente, a Agência Nacional de Mineração (ANM), ligada ao Ministério de Minas e Energia, alterou as regras de compensação para municípios afetados pela exploração mineral, favorecendo Minas Gerais, o estado de Silveira. Simultaneamente, o ministro pressionou a ANEEL, a agência de energia, para acelerar processos do governo e ameaçou intervenção. Essa postura sugere que Silveira quer controlar a Petrobras, a ANM e a ANEEL, promovendo mudanças que beneficiam principalmente Minas Gerais e ignoram os interesses de outros estados.
A segunda notícia é igualmente preocupante: os Correios terão que arcar com R$ 7,6 bilhões para cobrir metade da dívida do Postalis, o fundo de pensão dos funcionários da estatal, com a outra metade sendo paga pelos próprios beneficiários. Embora os Correios culpem o governo Bolsonaro por “decisões ruins” na privatização, a verdade é que o prejuízo se originou de investimentos ruins feitos na era Dilma, entre 2011 e 2016.
Esses episódios são um reflexo da tendência do governo Lula de intervir e controlar empresas e instituições públicas. Lula, conhecido por seu intervencionismo, quer exercer influência sobre o Banco Central, a Petrobras e até a privatizada Eletrobras. O tratamento dado pelo PT às estatais e fundos de pensão é uma lembrança constante de que, enquanto as administrações passam, as consequências permanecem.