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sábado, 5 julho, 2025
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Governo Lula usa Decretos e Portarias para impor pautas ideológicas

Por Alexandre Gomes

Desde seu retorno ao Palácio do Planalto em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem utilizado portarias, decretos e resoluções como instrumentos para impor pautas ideológicas em diversas áreas da administração pública — muitas vezes à margem do debate parlamentar. A estratégia tem provocado reação no Congresso, onde parlamentares denunciam abuso de poder regulamentar e tentam frear as medidas com uma enxurrada de Projetos de Decreto Legislativo (PDLs).

Segundo reportagem da jornalista Loriane Comeli, publicada na Edição 274 da Revista Oeste, o governo Lula estaria conduzindo uma “engenharia regulatória silenciosa” para inserir, via normas administrativas, temas ligados à chamada agenda woke, como ideologia de gênero, racismo climático e justiça curricular — muitas vezes em áreas sensíveis como educação infantil, concursos públicos, universidades e saúde pública.

Regulamentações sem debate e imposições ideológicas

Sob o discurso de “equidade e inclusão”, essas medidas têm gerado polêmica por modificar profundamente diretrizes educacionais, sanitárias e administrativas, sem o crivo do Legislativo.

Entre os exemplos apontados estão:

  • Imposição do uso de banheiros conforme identidade de gênero em escolas e instituições federais;
  • Inclusão de “outras possibilidades do gênero feminino” em políticas públicas voltadas às mulheres;
  • Alteração das diretrizes curriculares da educação básica para incluir temas identitários, em detrimento de conteúdos fundamentais como português, matemática e ciências.

Tais ações são vistas por críticos como um desvio de finalidade do poder Executivo, que estaria legislando por decreto, atropelando o papel constitucional do Congresso Nacional.

Congresso reage

Em resposta, deputados e senadores de diferentes partidos têm se mobilizado para barrar as normas via PDLs — instrumentos legislativos que anulam atos do Executivo sem necessidade de sanção presidencial. Mais de 650 PDLs já foram protocolados, mas até o momento nenhum avançou significativamente nas comissões ou no plenário.

“O governo está empurrando uma agenda ideológica por meio de canetadas, sem ouvir o Parlamento nem a sociedade”, criticou um deputado da oposição.

A escalada de decretos e portarias com viés ideológico levanta um debate mais amplo sobre os limites do poder regulamentar e o equilíbrio entre os Três Poderes. Para especialistas, a estratégia do governo pode estar enfraquecendo os mecanismos democráticos ao substituir o diálogo institucional por decisões unilaterais e tecnocráticas.

O avanço do Executivo sobre temas legislativos cria tensão com o Congresso, que se vê cada vez mais esvaziado. “Mais do que um embate de ideias, é uma disputa sobre os rumos da democracia brasileira”, conclui a reportagem da Revista Oeste.

Enquanto isso, o governo Lula segue com sua agenda regulatória, fortalecida pelo aparelhamento institucional e pela fragmentação das bancadas opositoras — que, embora mobilizadas, ainda não conseguiram frear a marcha dos decretos ideológicos.

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