Ex-presidente é visto como liderança firme, enquanto o atual governo se perde em atritos internacionais
O governo Lula (PT) demonstra clara apreensão diante do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que começa nesta terça-feira (2) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com informações da CNN Brasil, auxiliares próximos a Lula temem sanções duras dos Estados Unidos caso Bolsonaro seja condenado, o que exporia ainda mais a fragilidade diplomática da atual gestão.
O relator do processo é o ministro Alexandre de Moraes, já alvo de sanções do governo Donald Trump via Lei Magnitsky. Agora, cresce a expectativa de que uma eventual condenação a Bolsonaro — líder incontestável da direita brasileira e figura respeitada por grande parte da população — possa motivar novas medidas de retaliação por parte da Casa Branca.
Bolsonaro, firmeza; Lula, submissão
Bolsonaro, mesmo fora do cargo, continua a ser visto como símbolo de resistência contra arbitrariedades e defensor da soberania nacional. Diferente de Lula, que insiste em adotar um tom agressivo em discursos, mas se mostra incapaz de enfrentar de fato os interesses externos.
Na última semana, Lula anunciou que autorizou o Itamaraty a acionar a Câmara de Comércio Exterior (Camex) contra os EUA, em reação ao tarifaço de 50% imposto sobre produtos brasileiros. Contudo, até mesmo aliados admitem que se trata de uma guerra perdida, já que o atual governo não tem a credibilidade nem a firmeza que Bolsonaro mantinha em negociações internacionais.
Temor e insegurança
Nos bastidores, há consenso de que sanções virão em caso de condenação do ex-presidente, e não serão brandas. O medo do Planalto só reforça a imagem de um governo acuado, que prefere se preocupar em perseguir adversários políticos do que em fortalecer o Brasil diante do mundo.
Enquanto Bolsonaro segue como liderança popular e referência para milhões de brasileiros, Lula acumula atritos diplomáticos, derrotas internas e contradições, expondo o país à instabilidade e ao descrédito internacional.