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sábado, 5 julho, 2025
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Governo Lula tem gasto milionário para manter ONG criada por sindicato do ABC

Por Alexandre Gomes

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já destinou R$ 19,1 milhões em recursos públicos à ONG Unisol Brasil (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários) — uma organização criada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, reduto histórico do petismo em São Bernardo do Campo (SP) e berço político de Lula.

O montante, recorde na última década, foi distribuído por meio de oito convênios com ministérios controlados por nomes do PT, como os do Trabalho, Direitos Humanos e Desenvolvimento Agrário. Apenas em 2024, a ONG recebeu quase R$ 18 milhões, contrastando com a média de R$ 1 milhão por ano nos últimos dez anos.

Eventos ideológicos com dinheiro público

Entre as iniciativas financiadas com dinheiro dos contribuintes estão projetos abertamente ideológicos, como um curso sobre “ataques à democracia”, cujo foco é formar “defensores de direitos humanos” e combater o que a esquerda insiste em chamar de “golpe” — numa alusão ao impeachment legal e constitucional da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.

A proposta recebeu R$ 400 mil por meio de emenda do deputado Vicentinho (PT-SP), outro nome da ala sindical petista. A ONG ainda promete criar uma “rede de defesa” e distribuir 3 mil cartilhas para disseminar sua visão política entre os participantes.

Feira “feita pela esquerda, para a esquerda”

Outro projeto financiado com recursos do governo é a “Feira Esquerda Livre”, iniciativa que a própria Unisol define como “uma feira colaborativa de empreendedores e artistas de esquerda, feita pela esquerda, para a esquerda”. O custo? R$ 200 mil, também por emenda petista, desta vez do deputado Nilto Tatto (PT-SP).

Apesar do tom nitidamente excludente e ideológico, o dinheiro saiu do bolso do pagador de impostos — de esquerda, de centro, de direita e dos que apenas desejam serviços públicos eficientes e imparciais.

ONG nega viés, mas discurso não convence

Procurada pela imprensa, a Unisol tentou minimizar a ligação com o PT e com o governo, alegando atuar de forma aberta a todos os setores. No entanto, tanto os temas dos projetos quanto o histórico da organização, diretamente ligada ao sindicato que lançou Lula na política, contradizem a suposta “neutralidade”.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC confirmou que teve papel fundamental na criação da ONG, mas disse que não interfere na gestão atual. Ainda assim, a ligação política e institucional é evidente.

Governo justifica os repasses, mas não convence

Os ministérios responsáveis alegam que os convênios seguem os trâmites legais e são analisados tecnicamente. Mas a repetição de repasses milionários a uma ONG de base sindical petista, em plena crise fiscal, gera cada vez mais críticas e indignação.

Em vez de cortar gastos e priorizar saúde, educação e segurança, o governo Lula canaliza recursos para fortalecer sua militância ideológica — com cursos, cartilhas e feiras que pouco ou nada contribuem para a população em geral.

Críticas e contraste com governo anterior

Críticos do governo afirmam que a prática escancara o aparelhamento do Estado e a captura ideológica de recursos públicos. Em contraste, durante a gestão de Jair Bolsonaro, ONGs com vínculos partidários não tiveram acesso privilegiado a repasses diretos, e o governo promoveu uma agenda de austeridade e desideologização da máquina pública.

Nas redes, apoiadores do ex-presidente reforçam que essa é a diferença entre “governar para o povo” e “governar para o partido”.

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