O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está apostando no contínuo crescimento econômico nos próximos anos para prever uma estabilização da dívida pública a partir de 2027, durante o próximo mandato presidencial.
O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, revelado nesta segunda-feira (15), sugere que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) atingirá seu ápice de 79,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2027, antes de começar a declinar em 2028, após alcançar 76,6% do PIB em 2024.
No entanto, no mercado financeiro, as projeções são menos otimistas. De acordo com o último relatório Focus do Banco Central, espera-se que a dívida se estabilize apenas em 2030, atingindo 86,5% do PIB.
Apesar das novas metas de resultado primário apresentadas pelo governo para os próximos anos, indicando uma redução nas estimativas de saldos positivos em 2025 e 2026, o governo mantém a expectativa de estabilização da dívida. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, explicou que essa previsão se baseia no crescimento projetado do PIB e em uma agenda de ajuste fiscal.
No entanto, Ceron enfatizou o desafio de manter esse objetivo diante das revisões na trajetória do resultado fiscal. Ele destacou a importância de continuar a agenda de responsabilidade fiscal para evitar retrocessos.
Gustavo Guimarães, secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, reiterou o compromisso do governo em estabilizar a dívida pública, mas ressaltou que isso será um processo gradual, ao longo do médio e longo prazos.
