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Governo Lula: número de queimadas no Brasil em 2024 é o maior em 15 anos

Por Alexandre Gomes

O Brasil registrou em 2024 o maior número de queimadas dos últimos 15 anos, com 278.229 focos de incêndio, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e divulgado pela Revista Oeste.

Esse número representa um aumento de 46% em relação a 2023 e coloca o segundo ano do governo Lula sob uma enxurrada de críticas, especialmente em relação à gestão ambiental.

Amazônia e Cerrado entre os mais afetados

Os biomas mais atingidos foram a Amazônia e o Cerrado. A floresta amazônica, frequentemente apontada como prioridade na agenda ambiental do governo, registrou 140.328 focos, um aumento de 42% em comparação a 2023, o maior patamar desde 2007. No Cerrado, os incêndios dispararam 60%, alcançando 81.432 focos, o maior número desde 2012.

O Pantanal, já fragilizado por crises anteriores, sofreu uma alta de 120% nos incêndios, com 14.498 focos, a pior marca desde 2020.

Impacto generalizado

Os incêndios de 2024 também bateram recordes em estados como São Paulo, que registrou aumento de 423% nos focos, e no Distrito Federal, com alta de 292%. Pará e Amazonas, estados-chave para a preservação da Amazônia, tiveram aumentos significativos, de 34% e 30%, respectivamente.

Em termos de área atingida, o fogo devastou 297.680 km² até novembro, uma área equivalente ao estado do Rio Grande do Sul. Esse índice, fornecido pelo MapBiomas, representa um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2023.

Seca e El Niño, mas e a gestão?

Embora fatores climáticos como a seca histórica de 2024 e o fenômeno El Niño tenham contribuído para o agravamento da situação, especialistas destacam que a gestão governamental desempenha um papel crucial. A ausência de políticas efetivas de combate ao desmatamento e queimadas, além da falta de fiscalização adequada, são frequentemente apontadas como falhas do governo Lula.

“A desculpa climática é válida, mas não pode mascarar a ineficiência administrativa. O governo precisa agir com firmeza para proteger nossos biomas”, afirmou um ambientalista.

Contradição no discurso ambiental

As críticas ao governo Lula ganham força porque a atual gestão fez do discurso ambiental uma de suas bandeiras centrais, em contraste com a postura do governo Bolsonaro. Durante a campanha eleitoral, Lula prometeu combater o desmatamento e restaurar a liderança do Brasil na agenda ambiental global. No entanto, os dados de 2024 revelam que essas promessas estão longe de serem cumpridas.

Pressão interna e externa

A explosão das queimadas coloca o governo em uma posição delicada tanto no cenário interno quanto no externo. Enquanto ambientalistas e ONGs criticam a falta de ações concretas, a imagem internacional do Brasil como líder ambiental também está em xeque.

Com a COP30 programada para ocorrer em Belém em 2025, o governo Lula terá de apresentar respostas claras e compromissos tangíveis para reverter os danos e recuperar a credibilidade ambiental do país.

Para 2025, a expectativa é de medidas mais robustas, como o fortalecimento da fiscalização, investimentos em prevenção de incêndios e políticas de preservação ambiental. Sem ações contundentes, o Brasil corre o risco de enfrentar novas catástrofes ambientais e um desgaste ainda maior para o governo.

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