A agência BR+, uma das vencedoras da licitação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para gerenciar a comunicação digital do Palácio do Planalto, foi alvo de uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) por possíveis irregularidades.
Essa seleção surge como uma tentativa da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) de conter a crescente impopularidade que Lula enfrenta durante seu mandato.
A empresa já havia prestado serviços de comunicação digital à Secom de forma terceirizada em 2023, até que o contrato expirou devido às investigações da CGU. No entanto, mesmo após o término do contrato, funcionários terceirizados da empresa continuaram trabalhando com a promessa de regularização futura.
A Secom solicitou às concorrentes um plano de comunicação digital que incluísse estratégias para combater a disseminação de notícias falsas e desinformação sobre assuntos relevantes ao governo federal e seu impacto na sociedade.
Anúncio das novas agências pela Secom para melhorar a comunicação do governo Lula
Em 25 de abril, o governo Lula anunciou as quatro agências de comunicação vencedoras da licitação de R$ 197,7 milhões, aberta em janeiro deste ano. Essas empresas ficarão responsáveis pelas redes sociais da administração federal.
A Secom estava em busca de agências de publicidade para aprimorar a comunicação do governo Lula no meio digital.
As vencedoras da concorrência foram as empresas Usina Digital, Área Comunicação, Moringa L2W3 e o Consórcio BR e Tal, composto pela BRMais e pela Digi&Tal.
Entre as vencedoras, duas delas nunca haviam firmado contratos com o governo federal, de acordo com o Portal da Transparência.
Já as empresas Área Comunicação e Moringa L2w3, inicialmente anunciadas como vencedoras, foram desclassificadas devido a problemas documentais. A empresa Área Comunicação foi substituída pelo consórcio Boas Ideias e pela agência Clara Digital.
A licitação do governo Lula incluiu 14 serviços divididos em 77 produtos. Cada empresa deveria propor uma campanha de combate à desinformação e às notícias falsas nas redes sociais.
Um dos serviços inclui o uso de inteligência artificial para monitorar a popularidade de Lula nas redes sociais. Esta é a maior licitação da história da Esplanada dos Ministérios no setor de comunicação.