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segunda-feira, 14 outubro, 2024
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Governo Lula falha por ser capaz de enxergar só até 2026

Por Alexandre Gomes

Em um artigo crítico do Estadão, destaca-se a incapacidade do governo Lula de planejar além de 2026, colocando em dúvida o compromisso real da gestão com o futuro do país. A criação da Estratégia Brasil 2050, coordenada pelo Ministério do Planejamento, é apresentada como uma iniciativa de longo prazo para abordar questões fundamentais como clima, infraestrutura e macroeconomia. No entanto, o artigo sugere que o governo está muito mais focado em medidas de curto prazo, sem real interesse em construir um legado duradouro para o país.

O histórico de Lula, tanto em mandatos anteriores quanto agora, é criticado por ser uma gestão que prioriza o presente imediato, movida pela necessidade de sobrevivência política. Em vez de olhar para 2050, Lula parece enxergar apenas até 2026, ano em que será julgado pelos eleitores nas próximas eleições. Isso cria uma postura governamental míope, incapaz de aproveitar plenamente o potencial do Brasil. O país falhou em áreas estratégicas, como a educação básica, produtividade do trabalho e preservação ambiental, em parte devido à ausência de uma visão de longo prazo – e o atual governo parece repetir os mesmos erros.

A administração Lula é criticada por insistir em políticas que já se mostraram problemáticas no passado, como a ideia de utilizar o BNDES para impulsionar o PIB via crédito. Essas medidas já resultaram em problemas antes, mas são retomadas pela gestão atual, ignorando as consequências futuras. O mesmo se observa na política energética. O Brasil, com imenso potencial para se tornar uma potência no setor, enfrenta tarifas de eletricidade altíssimas, fruto de decisões curtas e mal pensadas. O governo, ao invés de fazer reformas estruturais, prefere aprovar medidas temporárias, com benefícios momentâneos, mas que inevitavelmente geram caos a longo prazo.

Outro ponto levantado é a recente regulação das apostas online, que foi implementada sem um estudo sério dos impactos econômicos e sociais. A principal preocupação do governo foi a arrecadação imediata, sem considerar o aumento da lavagem de dinheiro, o endividamento das famílias ou o impacto na saúde pública. Agora, o governo e o Congresso estão correndo para corrigir erros que poderiam ter sido evitados com um planejamento mais cuidadoso.

Mesmo em áreas nas quais o governo estabeleceu metas ambiciosas, como a redução das queimadas, o artigo acusa Lula de não ter uma estratégia consistente. A prioridade parece ser somente a manutenção de apoio político, ao invés de se comprometer com soluções sustentáveis e de longo prazo. Isso tudo é reflexo de um governo que age em função das próximas eleições, com foco quase exclusivo em medidas populares que possam garantir sua reeleição, e não no futuro real do país.

O artigo conclui de forma crítica, afirmando que, embora o governo se mostre interessado em criar um plano para 2050, suas ações práticas indicam que Lula está preso à lógica de curto prazo que dominou sua administração até agora. Enquanto isso, problemas estruturais persistem e o Brasil segue desperdiçando seu potencial.

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