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Governo Lula eleva previsão de rombo em 2025 para R$ 34 bilhões

Por Alexandre Gomes

O governo Lula anunciou na sexta-feira (21) mais uma piora nas contas federais: a previsão de déficit para 2025 saltou de R$ 30,2 bilhões para R$ 34,2 bilhões, um aumento de R$ 4 bilhões em poucos meses, revelando a dificuldade da gestão petista em manter o equilíbrio fiscal que promete desde o início do mandato.

Grande parte do agravamento vem do Programa de Dispêndios Globais (PDG), responsável pelas despesas das estatais, empresas que, sob o governo atual, vêm ampliando gastos e reduzindo eficiência, segundo analistas independentes.

Mesmo desconsiderando o PDG, o cenário continua negativo: o rombo ainda ficaria em R$ 31,2 bilhões, acima do previsto antes. Ou seja, mesmo sem a conta das estatais, o governo Lula segue incapaz de controlar os próprios números.

Meta de déficit zero já nasce descumprida

O governo insiste em manter como meta um déficit zero em 2025, com margem de tolerância de 0,25% do PIB, equivalente a aproximadamente R$ 31 bilhões.
Mas a nova projeção, de R$ 34,2 bilhões, excede o limite permitido, obrigando o Planalto a bloquear R$ 3,3 bilhões em despesas.

Trata-se de mais um sinal de desorganização fiscal e falta de controle sobre o gasto público, problemas recorrentes nas gestões petistas.

O cenário foi detalhado no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º bimestre, documento oficial que monitora a saúde financeira do governo.

Receita cai, despesa sobe e o rombo aumenta

Os números mostram claramente o descompasso:

  • Receita primária recuou de R$ 2,924 trilhões para R$ 2,922 trilhões.
  • As despesas subiram, passando de R$ 2,417 trilhões para R$ 2,418 trilhões.

Em outras palavras: a arrecadação diminui, o gasto aumenta e o déficit cresce.

O resultado confirma o que parte do mercado financeiro já alertava: o governo Lula não consegue frear despesas, especialmente em estatais e programas que, na prática, ampliam a máquina pública sem retorno claro para o país.

Projeções futuras melhoram, mas dependem de um governo que não entrega

O governo diz que o futuro será melhor e aponta metas de superávit para os anos seguintes:

  • 2026: superávit de 0,25% do PIB (R$ 33,1 bilhões)
  • 2027: superávit de 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões)
  • 2028: superávit de 1% do PIB (R$ 150,7 bilhões)

Mas, diante do histórico recente de revisões negativas, mudanças de meta e dificuldade de ajuste fiscal, cresce a desconfiança de que essas projeções são mais retórica do que realidade.

Com receitas em queda, estatais gastando mais e metas já ultrapassadas, o governo Lula encerra o ano expondo um cenário fiscal preocupante.
A revisão do rombo para R$ 34 bilhões mostra que o equilíbrio prometido virou uma conta que não fecha, e quem paga essa conta é sempre o contribuinte.

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