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terça-feira, 1 outubro, 2024
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Governo Lula cede espaço ao MST em plano bilionário para agricultura familiar

Por Marina B.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) conquistou um espaço sem precedentes na destinação de recursos destinados à agricultura familiar através do Plano Safra do governo federal, totalizando pelo menos R$ 77 bilhões. Sob a liderança do petista Paulo Teixeira, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) estabeleceu um grupo de trabalho, composto por 19 membros, para elaborar o Plano de Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, onde um representante do MST terá assento.

Apesar das votações que buscavam limitar a atuação do movimento, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva continua cedendo espaço ao MST, que protagonizou aproximadamente 30 invasões de terra apenas nos primeiros cinco meses de 2024. Além do MST, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), também envolvido em invasões de prédios públicos, participará das discussões.

O Plano Safra é a principal política pública do governo federal para o setor agrícola, determinando valores de financiamento, taxas de juros e o alcance de diversas linhas de crédito para os produtores rurais. No entanto, a inclusão do MST no grupo de trabalho provocou críticas da bancada do agronegócio, que questionou a legitimidade do movimento sem-terra para decidir sobre recursos públicos.

“Entregar um orçamento público nas mãos do MST é um deboche. Estamos apontando uma série de crimes praticados pelos líderes dos sem-terra e agora eles vão definir a destinação de mais de R$ 70 bilhões”, afirmou o deputado Luciano Zucco (PL-RS), ex-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST em 2023.

O grupo de trabalho terá a responsabilidade de elaborar propostas para o Plano de Safra da Agricultura Familiar 2024/2025. Embora o valor exato a ser destinado à agricultura familiar nesta nova safra ainda não tenha sido divulgado, espera-se que supere os R$ 77,7 bilhões anunciados no ano anterior.

Enquanto o MST participa das negociações, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) buscou apresentar suas propostas ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Neri Geller, expressando preocupação com a capacidade dos recursos atenderem às necessidades do setor. A bancada do agronegócio vem promovendo uma ofensiva contra a atuação do MST, destacando a importância de um diálogo transparente e a participação ativa da FPA nas discussões do Plano Safra.

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