Estava escrito: antes mesmo de assumir a Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann já deu um jeito de aprofundar a divisão no PT. Ela aproveitou o convite para atrair Lula a uma conversa em Brasília a fim de que representantes de facções de extrema-esquerda do PT falassem mal dos inimigos. Mas não de Bolsonaro, da direita ou Centrão: o alvo de Gleisi e sua turma era Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP) escolhido por Lula para substituí-la na direção do PT. Humberto Costa acabou interino até julho, escolhido pela facção de Lula no partido.
Ninho de serpentes
As contas variam, mas estimava-se que o PT tinha 17 facções, mas hoje são 15 e todas atuam como seitas, inimigas mortais umas das outras.
Extrema-esquerda
O poder no PT é estilhaçado em seitas tipo Articulação de Esquerda, PT de Luta e Massas, Esquerda Popular Socialista, Militância Socialista etc.
Ética, nem pensar
A Mensagem ao Partido, de Haddad e Paulo Teixeira, propôs no PT sua “recuperação ética”. Fracassou, claro. A Democracia Socialista a tomou.
Novo velho PT
Manda hoje no PT a facção Construindo um Novo Brasil, criada por Lula e figuras do mensalão como Zé Dirceu e Genoino, além de Mercadante.