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sexta-feira, 11 outubro, 2024
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Gestor de fundo renomado se arrepende de confiar em Lula: ‘Ficção fiscal’

Por Marina B.

Como tantos brasileiros, Luis Stuhlberger, presidente e diretor de investimentos da Verde Asset, expressou arrependimento por ter confiado na promessa de que o presidente Lula da Silva buscaria equilibrar as contas públicas. “Me penitencio por ter acreditado que o PT teria alguma seriedade fiscal”, disse ele em uma reunião com investidores.

O renomado gestor do Fundo Verde, conhecido por seus resultados acima da média do mercado, admitiu que “a ficha caiu” quando o governo anunciou mudanças na meta fiscal de 2025, transformando o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em algo mais próximo de uma ficção.

Stuhlberger não está sozinho em sua desilusão. Muitos analistas, incluindo os mais otimistas, estão agora preocupados com o rumo das contas públicas, mesmo após a Moody’s ter elevado a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva.

Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e sócio da Gávea Investimentos, foi enfático ao afirmar que, do ponto de vista fiscal, o Brasil já deveria ter sido rebaixado.

Stuhlberger e Fraga, ambos experientes investidores, não são ingênuos. Eles têm agido para proteger seus investimentos e os de seus clientes em meio à incerteza e turbulência.

A redução da exposição a ações brasileiras e títulos do governo em favor de ativos mais seguros, como os títulos do Tesouro dos EUA, não é uma posição anti-Brasil ou antipetista, mas sim um reflexo da realidade e uma precaução contra possíveis perdas.

A decepção com o governo atual também se estende ao passado recente. Muitos esperavam que Lula da Silva tivesse aprendido com os erros do governo Dilma Rousseff, que levaram à recessão e à ascensão de Jair Bolsonaro.

No entanto, o desrespeito do atual governo pelo arcabouço fiscal, que ele próprio propôs, evidencia a falta de responsabilidade e compreensão das consequências de suas ações.

Para Stuhlberger, fica claro que o governo atual está mais preocupado em ganhar eleições do que em governar com responsabilidade. Essa percepção é compartilhada por muitos neste momento crítico para a democracia.

Enquanto isso, Lula da Silva parece não entender as razões por trás de sua estreita margem de vitória nas eleições e o fracasso em atrair multidões para seus discursos. Sua indiferença em relação ao déficit fiscal é vista como um obstáculo para a estabilidade de seu próprio governo.

Com o mercado financeiro enviando sinais claros de preocupação, é crucial que o governo atual e suas lideranças reconheçam a gravidade da situação e ajam com responsabilidade para evitar crises ainda maiores.

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