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sexta-feira, 25 outubro, 2024
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Gastos do Governo Lula em ascensão: Dívida pública aumenta e pressiona economia brasileira

Por Marina B.

Os gastos do governo brasileiro, conhecidos como despesas de consumo da administração pública, têm crescido a um ritmo superior ao do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos três trimestres, de acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No segundo trimestre de 2023, enquanto a atividade econômica expandiu-se em 0,8% em relação ao trimestre anterior, os gastos governamentais aumentaram em 1,1%. Essa tendência persistiu nos trimestres subsequentes, com os gastos do governo subindo 0,6% e 0,9% nos terceiro e quarto trimestres, respectivamente, mesmo enquanto o PIB permaneceu estagnado. Esses números refletem os dispêndios da União, dos estados e dos municípios.

Essa sequência de crescimento dos gastos públicos em ritmo mais acelerado do que a atividade econômica representa a maior desde 2015-16, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), período marcado por uma grave recessão. Naquela época, os gastos do governo aumentaram durante cinco trimestres consecutivos em relação à atividade econômica.

Com o recente avanço, o consumo dos governos atingiu 21% do PIB no último trimestre de 2023, o maior percentual em três anos. No auge da crise da pandemia em 2020, os gastos públicos foram inflados pelas despesas de combate à Covid-19.

Essa tendência ocorre em meio a um momento mais “dirigista” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à economia. O presidente tem manifestado interesse em influenciar na escolha do presidente da Vale, maior empresa privada do país, e recentemente declarou que as empresas precisam seguir a orientação do governo em suas decisões, ou seja, uma clara interferência nas empresas como a Vale e a Petrobras.

Apesar de um início promissor em 2024, com um superávit primário de R$ 102,1 bilhões em janeiro, a situação das contas públicas permanece desafiadora. O déficit primário acumulado em 12 meses foi de R$ 246 bilhões, equivalente a 2,25% do PIB. As expectativas do mercado para 2024 são de um novo déficit, agora de 0,79% do PIB.

A dívida pública brasileira também aumentou em janeiro, atingindo 75% do PIB, o maior valor desde julho de 2022. O endividamento público continuará crescendo nos próximos anos, embora em um ritmo mais moderado, graças a um resultado fiscal melhor, menores taxas de juros e um crescimento econômico um pouco mais favorável.

No entanto, especialistas alertam que a estabilização da dívida pública, pode não ocorrer antes do início da próxima década. A trajetória de aumento do endividamento público deve persistir até 2033, com o endividamento previsto para atingir 88,8% do PIB nesse ano.

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