Os gastos com cartões corporativos da Presidência da República atingiram cifras impressionantes em 2024. O maior valor registrado foi de R$207.953,60 em uma única transação, realizada com um cartão vinculado ao Palácio do Planalto. Este é apenas um exemplo de um total de R$15 milhões gastos diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus assessores no uso desses cartões neste ano.
Os números refletem um padrão preocupante: os gastos acumulados com cartões corporativos em 2024 pelo governo federal já chegam a R$63,9 milhões, e a falta de transparência devido ao sigilo imposto sobre as despesas alimenta críticas à administração.
Recorde nos gastos presidenciais
Lula estabeleceu um recorde em 2023, quando os gastos com cartões corporativos alcançaram R$90,6 milhões, superando os R$90,3 milhões registrados no último ano de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os números não são inéditos na trajetória política de Lula. Em 2010, durante seu segundo mandato como presidente, os cartões corporativos do governo federal consumiram mais de R$80 milhões, em valores da época.
Os altos valores geram questionamentos sobre a gestão e o uso dos recursos públicos, especialmente considerando o sigilo que protege muitos detalhes das transações realizadas com os cartões corporativos. Críticos argumentam que essa prática dificulta o controle social e a fiscalização por parte da sociedade e dos órgãos competentes.
Durante a campanha presidencial, Lula e aliados criticaram gestões anteriores, prometendo maior rigor e responsabilidade fiscal. Contudo, os gastos crescentes com cartões corporativos levantam dúvidas sobre o compromisso do governo com a austeridade e a transparência.
Enquanto a Presidência mantém sigilo sobre as despesas, a sociedade segue aguardando explicações claras sobre a necessidade e a justificativa para valores tão elevados.
A gestão atual enfrenta o desafio de conciliar suas promessas eleitorais com a realidade dos gastos públicos, especialmente em um momento em que muitos brasileiros esperam mais responsabilidade e clareza na administração dos recursos do país.
