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domingo, 29 setembro, 2024
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Garimpo desenfreado na TI Yanomami cresce 7% e ameaça a vida indígena

Por Marina B.

A área de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami aumentou 7%, atingindo 5.432 hectares em 2023, conforme revelado em relatório do ISA (Instituto Socioambiental) e da Hutukara Associação Yanomami. Mesmo sendo menor que o crescimento de 54% registrado em 2022, o avanço demonstra a intensidade contínua da atividade ilegal no território. O documento critica a resposta do governo federal, classificando-a como “insuficiente”, e destaca os efeitos nocivos da mineração para a saúde dos indígenas, apesar do estado de emergência decretado por Lula.

O relatório, baseado no Sistema de Monitoramento do Garimpo Ilegal, aponta desmatamento associado ao garimpo em 21 das 37 regiões da TI Yanomami. A região próxima ao rio Couto de Magalhães foi a mais afetada, com 78 hectares devastados. A insistência da atividade ilegal é atribuída às ações pouco frequentes do governo, especialmente no segundo semestre de 2023, quando o Ministério da Defesa assumiu as atividades de expulsão dos mineradores anteriormente realizadas pelo Ibama.

O relatório destaca a necessidade de uma ação emergencial coordenada para combater a crise de saúde yanomami, indicando que apenas a expulsão completa do garimpo permitirá lidar eficazmente com a situação. As organizações pedem um Plano de Proteção Territorial, incluindo patrulhamento na TI e reocupação de unidades de saúde abandonadas. A ministra Sônia Guajajara já admitiu que o governo subestimou a crise, e as organizações enfatizam a importância de parcerias e cooperações técnicas para abordar os desafios na região. O governo ainda não respondeu aos requerimentos dessas organizações.

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