A diretora de Inteligência Nacional (DNI), Tulsi Gabbard, anunciou nesta terça-feira que revogou as autorizações de segurança de 37 atuais e ex-funcionários de inteligência, acusando-os de politizar e manipular informações sigilosas.
Alvos da medida
Entre os nomes listados está o ex-diretor de Inteligência Nacional do governo Obama, James Clapper, acusado de pressionar para acelerar a Avaliação da Comunidade de Inteligência de 2017 sobre a suposta interferência russa nas eleições de 2016.
Outras figuras de destaque incluem:
- Brett M. Holmgren – ex-secretário assistente de Estado para Inteligência e Pesquisa;
- Richard H. Ledgett – ex-diretor adjunto da NSA;
- Stephanie O’Sullivan – ex-diretora adjunta de Inteligência Nacional;
- Luke R. Hartig – ex-diretor sênior de contraterrorismo no Conselho de Segurança Nacional;
- Yael Eisenstat – ex-CIA e ex-conselheira da Casa Branca, envolvida em operações ligadas ao Facebook.
Declaração de Gabbard
Em publicação no X (antigo Twitter), Gabbard afirmou:
“Receber uma autorização de segurança é um privilégio, não um direito. Aqueles na Comunidade de Inteligência que traem seu juramento à Constituição e colocam seus próprios interesses à frente dos interesses do povo americano quebraram a sagrada confiança que prometeram manter.”
Ela destacou que a medida foi tomada sob orientação do presidente Donald Trump.
Efeitos imediatos
Segundo o memorando divulgado pelo gabinete da DNI:
- o acesso desses indivíduos a sistemas, instalações e informações confidenciais foi encerrado;
- seus contratos e vínculos com o governo devem ser rescindidos;
- as credenciais de segurança precisam ser devolvidas imediatamente.
Contexto político
A decisão amplia a ofensiva da gestão Trump contra ex-funcionários acusados de usar suas posições em prol de disputas políticas, especialmente no contexto das investigações sobre a Rússia e as eleições de 2016.