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domingo, 30 março, 2025
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Fux questiona delação de Mauro Cid: “Nove versões diferentes”

Por Alexandre Gomes

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou desconfiança em relação às colaborações premiadas do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. Durante a sessão desta terça-feira (25), Fux apontou que Cid apresentou nove versões diferentes de seu depoimento, levantando dúvidas sobre sua credibilidade.

Apesar disso, o ministro votou pela manutenção do acordo de delação homologado por Alexandre de Moraes, acompanhando a posição da maioria da Corte. No entanto, ele deixou claro que poderá rever sua decisão no futuro, caso novas inconsistências sejam constatadas.

“Boa-fé” questionada

Em seu voto, Fux afirmou que o colaborador não demonstrou boa-fé ao modificar seu depoimento sucessivas vezes, sempre adicionando novas informações.

“Vejo com muita reserva nove colaborações de um mesmo colaborador, a cada hora acrescentando uma novidade”, disse o ministro, alertando para a necessidade de reavaliar o caso mais adiante.

A ministra Cármen Lúcia também demonstrou cautela. Para ela, ainda não há elementos suficientes para anular o acordo, mas a possibilidade de revisão permanece aberta caso surjam mais indícios de contradição.

STF decide se Bolsonaro e aliados se tornarão réus

O Supremo analisa atualmente se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro, Cid e outros sete investigados por suposta tentativa de golpe de Estado. Caso a denúncia seja aceita, os acusados se tornarão réus, e o processo avançará para a fase de instrução penal.

Se isso ocorrer, a Corte passará a ouvir testemunhas, determinar diligências e, ao final, receberá as alegações finais. A decisão caberá à PGR, que poderá pedir absolvição ou condenação dos acusados.

Próximos julgamentos

O STF dividiu o julgamento em três blocos:

  • 8 e 9 de abril: julgamento do núcleo operacional da suposta tentativa de golpe.
  • Final de abril: julgamento do núcleo de gerência.
  • Sem data definida: julgamento do núcleo de desinformação, sob relatoria do ministro Cristiano Zanin.

A decisão do STF poderá ter impacto direto na situação política de Bolsonaro, que enfrenta outras investigações e um cenário jurídico cada vez mais delicado.

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