A Justiça determinou a repatriação de US$ 14,6 milhões, aproximadamente R$ 74,8 milhões conforme a cotação desta quinta-feira (16), após pedido do Ministério Público Federal (MPF). Esses valores foram descobertos em uma conta bancária na Suíça e pertenciam a investigados da Operação Eficiência, uma fase da Lava Jato no Rio de Janeiro. A investigação centrou-se em um esquema de desvio e lavagem de dinheiro de contratos do governo estadual durante a gestão de Sérgio Cabral.
Os valores já estão depositados em uma conta judicial no Brasil, aguardando a decisão da Justiça sobre sua destinação. O pedido de repatriação foi feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPF), e os valores estavam bloqueados na Suíça desde 2019, a pedido do MPF.
Essa repatriação é um desdobramento da Operação Eficiência, que investigou crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio no exterior cometidos por membros da organização criminosa que operava no Rio de Janeiro. Os principais alvos incluíam o ex-governador Sérgio Cabral e o empresário Eike Batista.
Segundo o MPF, uma conta aberta na Suíça em nome da offshore Trueway Foundation, foi utilizada como uma fachada pelo esquema para lavar dinheiro. A Justiça já havia ordenado a repatriação de pelo menos R$ 270 milhões, que agora serão adicionados a esse montante.
Sérgio Cabral foi condenado a mais de 430 anos de prisão. Esteve preso de 2016 a 2022. Após sua soltura, vem sendo beneficiado pelo judiciário, que já anulou várias provas e suas condenações. O STF anulou provas e o TRF-2, reconheceu a incompetência da Vara Criminal do Juiz Marcelo Bretas para julgar as ações contra Cabral. Tudo muito bem articulado.
Eike Batista também foi solto pelo STF.