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quinta-feira, 21 novembro, 2024
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Flávio Dino e as imagens do Ministério da Justiça

Por Alexandre Gomes

As imagens do Palácio da Justiça do dia 8 de janeiro deste ano foram apagadas, é o que informa o portal R7. Ainda de acordo com a matéria, o procedimento seria padrão e realizado com o intuito de liberar espaço no hard drive do órgão. As gravações neste caso ficariam disponíveis por apenas 15 dias antes de serem descartadas. Sem backup.

Não colou. Porém, naquilo que o governo tenta fazer parecer uma justificativa crível, Flávio Dino terá que performar um duplo twist carpado para explicar alguns ‘furos’ – que mais se assemelham a crateras – em seu enredo mirabolante.

DUAS CÂMERAS

A CPMI recebeu imagens de duas das dezenas de câmeras dispostas pelo palácio. Se o procedimento padrão é apagar gravações após quinze dias, por que estas duas escaparam da degola?

STF, CONGRESSO E PLANALTO

Os três prédios alvos de invasões no 8/1 não adotam o mesmo procedimento que o Ministério da Justiça? STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto não apagaram seus arquivos de imagens. Considerando que, pelo menos, Palácio da Justiça e Planalto fazem parte da mesma estrutura governamental, o normal não seria manterem o mesmo cronograma?

A DEMORA

Flávio Dino transformou a entrega das imagens em um script digno de novela mexicana. Entre idas e vindas, prazos e autorizações, desculpas e mais desculpas, lá se foram dias, semanas, meses, para só agora, após toda esta tormenta, ser revelado que as gravações foram deletadas… oito meses atrás?

CONFISSÃO

É difícil interpretar o que acaba de ocorrer como algo diferente de uma confissão. Mas a dúvida que persiste é: o que as imagens do Palácio da Justiça guardam de tão grave a ponto de forçar Dino a criar esse teatro mambembe para escondê-las?

Que a CPMI drible a má vontade de sua cúpula e consiga descobrir.

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