O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que vê dificuldades impostas pelo Judiciário no tratamento de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro e classificou como “inaceitável” o que chamou de constrangimento diante da demora para liberação de uma cirurgia.
Após usar o período de visita ao pai, Flávio relatou uma melhora pontual no quadro clínico: disse que Bolsonaro estava sem soluços, “mais animado” e em melhores condições gerais, embora a família siga preocupada com a necessidade de uma cirurgia preventiva.
Crítica à exigência de perícia
Segundo o senador, médicos indicaram cirurgia para tratar hérnias identificadas inicialmente de um lado e depois também do outro. Ele criticou o fato de o procedimento depender de perícia judicial, afirmando que isso revela desconfiança em relação aos laudos médicos.
“Como um juiz fica desconfiado da palavra de um médico? Eu nunca vi isso na vida”, declarou.
Risco de agravamento
Flávio disse que exames apontaram risco concreto caso o procedimento não seja realizado. Ao explicar o quadro, mencionou a possibilidade de estrangulamento caso a hérnia evolua, o que poderia obrigar uma cirurgia mais agressiva e aumentar o risco.
Para o senador, a demora representa um perigo: “É um risco de saúde real, grave”, afirmou, dizendo que os médicos já teriam solicitado e comprovado a necessidade do procedimento, mas que o processo segue sem desfecho.
Ao final, sem citar diretamente o ministro responsável, Flávio pediu “bom senso” ao relator do caso e cobrou uma mudança de postura para evitar que o quadro de saúde se agrave.
