O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta quinta-feira (9), em entrevista ao Arena Oeste, que a proposta de anistia geral para os investigados dos atos de 8 de janeiro tem votos suficientes para ser aprovada tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. O parlamentar defendeu que o projeto representa um passo essencial para restaurar o equilíbrio institucional e combater os abusos cometidos pelo Judiciário, especialmente pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
“Se não tivéssemos votos para aprovar essa anistia que queremos, já teriam pautado e derrotado a gente”, disse o senador. Flávio defende que a medida corrige injustiças e excessos cometidos contra cidadãos que apenas exerceram seu direito de manifestação pacífica, sem envolvimento com vandalismo. “Eles querem enterrar o Bolsonaro vivo, e a gente vai lutar enquanto existir para acabar com essa injustiça”, afirmou.
Segundo o senador, o relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) deve apresentar em breve uma versão do texto com uma “dosimetria” das penas, mas Flávio reitera sua defesa por uma anistia total, sem distinção. Ele lembrou ainda que a anistia está prevista na própria Constituição, citando nomes históricos como Lula, Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso, que votaram a favor de anistias no passado. “Não tem como defender que isso é inconstitucional”, completou.
Defesa de Bolsonaro e críticas a Moraes
Flávio voltou a denunciar o caráter político das decisões de Alexandre de Moraes, a quem classificou como “autor, vítima e relator” nos processos contra Jair Bolsonaro e seus apoiadores. O senador afirmou que o ministro age com autonomia excessiva e tem “procuração dos demais ministros do Supremo para perseguir o ex-presidente”.
Flávio também comentou o estado de saúde do pai, descrevendo momentos de “angústia e indignação” pela prisão domiciliar considerada injusta. “É doloroso ver meu pai sentado em casa com uma tornozeleira eletrônica, sabendo que foi condenado por seus inimigos. Mas ele não pensa em desistir”, disse.
O senador reforçou que a família Bolsonaro permanece unida e resiliente. “O presidente Jair Bolsonaro continua firme, porque sabe da responsabilidade que tem com o futuro do Brasil. Nenhuma perseguição vai quebrar o espírito dele”, garantiu.
União da direita e eleições de 2026
Sobre o cenário político de 2026, Flávio Bolsonaro afirmou que a direita está mais unida e amadurecida do que nunca, destacando que “qualquer candidato que queira chegar ao segundo turno precisará do apoio de Jair Bolsonaro”. Ele citou Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro como nomes fortes para o futuro. “O Tarcísio faz um ótimo governo e a Michelle tem grande carisma, são figuras fundamentais da direita brasileira”, afirmou.
O senador também ressaltou que a demora na definição de candidaturas é estratégica, diante do que chamou de perseguição judicial a lideranças conservadoras. “Está muito longe da eleição para botar a cabeça para fora. Se um ou dois do Supremo não gostarem, inventam crime onde não existe. Só o Jair Bolsonaro aguenta tanta perseguição”, afirmou.
Flávio encerrou a entrevista com uma mensagem de esperança e mobilização:
“Continuem orando pelo presidente Bolsonaro. Não vamos desistir do Brasil. Em 2027, a direita vai resgatar este país e colocá-lo novamente no caminho da prosperidade, da liberdade e do respeito à Constituição.”
Além de Flávio, Eduardo Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e outros líderes da direita vêm reforçando nas redes sociais o mesmo discurso, o de resistência pacífica, defesa da liberdade e combate aos abusos do sistema.
O movimento sinaliza que o campo conservador permanece organizado e determinado a retomar o comando político do país nas próximas eleições.
