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quarta-feira, 17 dezembro, 2025
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Flávio Bolsonaro assume protagonismo e devolve rumo à direita brasileira

Por Alexandre Gomes

Com respaldo de Jair Bolsonaro, senador unifica campo conservador e reacende esperança política

A entrada de Flávio Bolsonaro no tabuleiro presidencial não apenas preencheu um vácuo — ela organizou, unificou e deu direção clara à direita brasileira. Foi o que deixou evidente o próprio senador ao avaliar os efeitos de sua pré-candidatura ao Planalto, em entrevista ao Oeste Sem Filtro, nesta terça-feira, 16. Segundo Flávio, antes da definição havia desorientação, disputas internas e falta de horizonte político. Agora, o cenário é outro.

“A direita, a centro-direita, como queiram chamar, estava batendo cabeça, todo mundo sem saber qual era o norte. A colocação do meu nome ajudou a dar esse norte”, afirmou.

A fala sintetiza um sentimento que vinha sendo percebido tanto entre eleitores quanto entre lideranças políticas: a ausência de um nome claro enfraquecia o campo conservador. A decisão de Jair Bolsonaro, maior liderança popular do país, de indicar o filho como seu representante foi decisiva para virar essa página.

O peso de Jair Bolsonaro e a retomada do ânimo

O anúncio feito pelo ex-presidente teve efeito imediato. Flávio relata que o clima de abatimento deu lugar à mobilização.

“Estava todo mundo cabisbaixo, sem expectativa de nada.”

A fala expõe uma realidade política incontornável: Jair Bolsonaro segue sendo o eixo central da direita brasileira, e sua palavra continua tendo força para reorganizar o jogo. Ao indicar Flávio, Bolsonaro não apenas apontou um nome — transferiu legitimidade, liderança e projeto.

Candidatura madura, pensada e viável

Flávio Bolsonaro fez questão de deixar claro que sua decisão não foi impulsiva nem emocional. Ao contrário, foi fruto de diálogo, análise e responsabilidade política. Ciente da impossibilidade jurídica de Jair Bolsonaro disputar a eleição, o senador revelou que houve pressão crescente para que um nome fosse apresentado.

“Havia uma cobrança muito grande para que ele anunciasse logo o nome que indicaria para apoiar.”

Ainda assim, Flávio impôs uma condição fundamental:

“Sempre falava para ele que toparia, mas desde que tivesse a convicção plena de que é viável, que é possível.”

Essa postura reforça a imagem de uma candidatura estruturada, realista e consciente do seu papel histórico, distante de aventuras personalistas.

Diálogo político e respeito às realidades regionais

Após o anúncio, Flávio iniciou uma rodada de conversas com partidos de centro e centro-direita, mostrando maturidade política e visão estratégica. O objetivo foi reduzir ruídos, construir confiança e respeitar as particularidades de cada Estado.

“Tem Estado que é muito bom estar com um candidato a presidente, tem Estado que não é tão bom assim, e entendo essa realidade.”

Segundo ele, o processo agora é de acomodação e estabilização, sem atropelos:

“Sem pressa, com muita calma, com muita transparência e olho no olho.”

Mercado começa a reconhecer a solidez da candidatura

O senador também relatou encontros com representantes do mercado financeiro, inclusive na região da Faria Lima, onde deixou claro que sua candidatura é definitiva e irreversível.

“Foi uma candidatura muito pensada, muito estruturada e que é irreversível.”

Flávio reconhece que, no início, parte do mercado apostava em outros nomes, mas avalia que essa percepção está mudando rapidamente.

“Todos já entendem que é uma posição consolidada, uma posição muito viável.”

A exposição pública, segundo ele, tem sido fundamental para reduzir resistências e esclarecer o projeto que pretende apresentar ao país.

União da direita como valor estratégico

Ao longo da entrevista, Flávio Bolsonaro reforçou uma característica que o diferencia: a busca constante pela união do campo conservador. Para ele, divergências são naturais, mas devem ser resolvidas nos bastidores, não em ataques públicos.

“A discordância se torna negativa a partir do momento que ataco alguém que considero ser do meu espectro político.”

Essa postura dialoga diretamente com o espírito que marcou o bolsonarismo desde 2018: a união de forças em torno de valores comuns, acima de vaidades individuais.

Responsabilidade histórica

Ciente do momento político, Flávio afirmou compreender o peso de sua missão.

“Tenho a consciência e a responsabilidade do meu papel nesse momento.”

Para ele, o processo eleitoral também cumpre uma função essencial:

“A cada eleição é um processo de depuração de quem realmente pensa como a gente.”

Com Jair Bolsonaro como fiador político, uma base conservadora cada vez mais coesa e uma candidatura que cresce em maturidade e aceitação, Flávio Bolsonaro deixa de ser apenas uma promessa e passa a ocupar o centro da cena nacional. A direita, que antes procurava um rumo, agora tem norte, liderança e projeto.

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