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quinta-feira, 2 janeiro, 2025
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Financiamento eleitoral já custou R$ 17 bilhões aos brasileiros em cinco anos

Por Alexandre Gomes

Os fundos eleitoral e partidário, criados para financiar campanhas e as atividades dos partidos políticos, retiraram R$ 17,1 bilhões dos cofres públicos desde 2020. Apenas o “fundão eleitoral”, destinado ao financiamento de campanhas, consumiu R$ 11,9 bilhões nas três últimas eleições realizadas nos últimos cinco anos.

Esses fundos surgiram no período pós-Lava Jato, quando os partidos buscaram alternativas ao financiamento privado, que estava sob investigação devido a práticas irregulares e corrupção. Contudo, essa mudança acabou gerando um novo custo para os contribuintes.

Crescimento expressivo

O aumento do fundo eleitoral é notável. Em 2018, o valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha era de R$ 1,72 bilhão. Em 2020, passou para R$ 2,03 bilhões, e neste ano chegou a R$ 4,96 bilhões — mais de cinco vezes o valor do Fundo Partidário, que foi de R$ 1,1 bilhão em 2024.

Caso essa tendência continue, o fundo eleitoral pode atingir cifras alarmantes em 2026, com estimativas que chegam a R$ 12 bilhões, gerando ainda mais preocupações sobre o impacto no orçamento público.

Fundo partidário também pesa

Embora o crescimento do fundo partidário tenha sido mais moderado do que o do fundo eleitoral, ele também representa uma despesa considerável para os cofres públicos. Desde 2020, os partidos políticos receberam R$ 5,14 bilhões para financiar suas atividades e manutenção.

Impacto nos contribuintes

Esse gasto bilionário ocorre em um cenário de dificuldades econômicas e aumento da carga tributária, gerando insatisfação na população. Muitos questionam a necessidade de destinar valores tão elevados para partidos e campanhas enquanto outras áreas essenciais, como saúde, educação e segurança, enfrentam dificuldades de financiamento.

Debate necessário

Especialistas e representantes da sociedade civil defendem a revisão do modelo atual de financiamento político, propondo alternativas que reduzam os custos para os contribuintes, além de aumentar a transparência e a eficiência na aplicação dos recursos.

O impacto do financiamento político nos cofres públicos serve como um alerta para a necessidade de equilibrar a promoção da democracia com a responsabilidade fiscal, garantindo que os recursos sejam utilizados de maneira justa e sustentável.

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