O ex-ministro do Desenvolvimento da Espanha, José Luis Ábalos, está no centro de uma investigação da Promotoria Anticorrupção da Espanha por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro no Brasil. Segundo as autoridades espanholas, mais de 500 mil euros (R$ 3,1 milhões), desviados de contratos fraudulentos para compra de máscaras durante a pandemia da Covid-19, foram movimentados no país.
A investigação aponta que parte dos valores foi depositada em uma conta da empresa brasileira Suro Capital, no banco Itaú BBA, com o objetivo de dificultar o rastreamento dos recursos. O esquema já está sendo investigado no Brasil.
Suspeitas de corrupção e crime organizado
As autoridades acreditam que o dinheiro pode ter voltado para o próprio Ábalos por meio de intermediários. O caso veio à tona há um ano, quando Koldo Izaguirre, ex-assessor do ex-ministro, foi preso na Espanha.
Atualmente, Ábalos enfrenta um processo no Supremo Tribunal espanhol por acusações que incluem corrupção, peculato, tráfico de influência e crime organizado.
Uso de empresas internacionais para lavagem de dinheiro
A promotoria também identificou o uso de empresas em Luxemburgo para lavar os recursos desviados, que deveriam ter sido destinados ao combate à pandemia. O caso levanta suspeitas sobre a participação de brasileiros no esquema e expõe uma rede internacional de corrupção envolvendo recursos públicos.
A investigação segue em andamento, e autoridades brasileiras e espanholas trabalham em conjunto para esclarecer o destino final do dinheiro desviado.