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segunda-feira, 25 novembro, 2024
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Ex-líderes alertam Brasil sobre prazo expirado para divulgação sobre atas das eleições venezuelanas

Por Marina B.

Um grupo de 32 ex-chefes de governo alertou nesta sexta-feira (9) aos governos do Brasil, México e Colômbia que o prazo para a apresentação dos resultados das últimas eleições presidenciais da Venezuela pelas autoridades eleitorais já está “amplamente expirado”.

Os ex-líderes, integrantes da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea), destacaram em seu comunicado que agora é crucial que esses governos “se posicionem de forma clara e definitiva contra a tirania do ditador venezuelano Nicolás Maduro”.

Eles enfatizaram que, enquanto o atraso persiste, a “onda de repressão e sequestros de membros das forças democráticas, bem como as violações sistemáticas dos direitos humanos contra o povo venezuelano”, continua no país.

Os ex-líderes também parabenizaram os ministros das Relações Exteriores do Brasil, México e Colômbia pelas declarações sobre a responsabilidade do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela em garantir a transparência dos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho.

Os ministros afirmaram que “a transparência das atas eleitorais é um dever do Poder Eleitoral e deve ser verificada por um órgão imparcial”, e não pelo Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela.

Recentemente, Maduro, que foi declarado vencedor pelo CNE com 51% dos votos contra o oponente Edmundo González, solicitou ao Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela uma revisão do processo eleitoral.

Os ex-presidentes também destacaram uma prévia das conclusões do Carter Center, que enviou uma missão técnica para observar o processo e afirmou que “não há evidências de hacking” no sistema eleitoral, como alegado pelo CNE.

Em vez disso, o centro “analisou os números disponíveis junto com outras organizações e universidades e confirmou González como vencedor”, disseram os ex-presidentes, ressaltando que um relatório da OEA já havia chegado à mesma conclusão.

Por fim, os ex-chefes de Estado acrescentaram que a comunidade internacional tem uma “obrigação legal” de defender o “princípio da segurança democrática”.

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