O Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos, por meio de seu perfil no X (antigo Twitter), manifestou-se nesta quinta-feira (16) contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou a devolução do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A negativa impede Bolsonaro de comparecer à posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, marcada para o dia 20 de janeiro.
Em sua declaração, o perfil republicano do comitê descreveu Bolsonaro como um “patriota” e “amigo da América”, reforçando o apoio ao líder conservador brasileiro.
“Jair Bolsonaro é um amigo da América e um patriota. Ele deve receber permissão para comparecer à posse do presidente Donald Trump”, destacou o comitê em publicação nas redes sociais.
Decisão de Moraes e Repercussões
O ministro Alexandre de Moraes justificou sua decisão alegando que Bolsonaro demonstra sinais de uma possível tentativa de evasão para evitar consequências legais. Moraes citou, entre outros pontos, o apoio do ex-presidente a pedidos de asilo político no exterior por pessoas envolvidas nos atos de 8 de janeiro.
A Procuradoria-Geral da República também recomendou a negativa, argumentando que não há interesse público na viagem de Bolsonaro, visto que ele não exerce atualmente nenhuma função oficial que justificasse sua presença na cerimônia de posse nos Estados Unidos.
Reações e Tensão Diplomática
A manifestação do comitê republicano reflete a crescente tensão diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos em torno do caso Bolsonaro. O apoio público de figuras importantes do Partido Republicano ao ex-presidente brasileiro sinaliza o potencial de desgaste nas relações bilaterais, especialmente com o início do mandato de Donald Trump.
Essa postura reforça o cenário de pressão internacional sobre o governo brasileiro, que já enfrenta críticas de outros setores políticos americanos e da mídia global pela forma como tem conduzido as investigações e medidas judiciais contra Bolsonaro.
