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segunda-feira, 28 outubro, 2024
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Estadão: Aumento da Dívida Pública do Brasil não é questão de fé, mas de realidade econômica

Por Alexandre Gomes

O editorial do jornal O Estado de S. Paulo, publicado nesta segunda-feira (28), faz uma análise contundente sobre a crescente dívida pública do Brasil sob o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a dívida bruta brasileira deve aumentar mais de 10 pontos percentuais até 2026, passando de 83,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no final de 2022 para 94,7%. Além disso, a previsão é de que o superávit primário só seja alcançado a partir de 2027, de forma modesta, representando apenas 0,1% do PIB.

A relação entre a dívida e o PIB é um indicador crucial para medir a saúde financeira de um país. O editorial destaca que, mesmo antes da revisão, a dívida brasileira já era superior à média de países emergentes, que está em 70,8%. O Brasil fica atrás apenas de nações como China, Egito, Ucrânia, Bahrein e Argentina.

A preocupação do FMI não se restringe ao Brasil, já que a dívida global deve atingir uma média de 93% do PIB, superando a marca de US$ 100 trilhões em 2023. O jornal aponta que os gastos elevados, impulsionados pela pandemia, resultaram em inflação alta e juros mais altos, complicando ainda mais a situação fiscal dos países.

Em meio a esse cenário, a receita proposta pelo FMI é clara: fortalecer a credibilidade e a transparência das políticas fiscal e monetária. O fundo sugere que é crucial aproveitar a flexibilização da política monetária nas principais economias para implementar políticas fiscais prudentes que não prejudiquem o crescimento e que protejam os mais vulneráveis.

Reações do Governo

O governo Lula mostrou-se cético em relação às projeções do FMI. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que não acredita na trajetória de aumento da dívida apresentada pelo fundo, ressaltando a importância do arcabouço fiscal como um instrumento para conter essa trajetória. Contudo, a dívida bruta já subiu significativamente desde o início do governo, evidenciando a complexidade da situação fiscal.

O editorial do Estadão conclui que, para evitar que a “profecia do FMI” se concretize, é vital que haja um alinhamento entre as políticas fiscal e monetária, ressaltando que o Brasil está em um novo ciclo de aumento da taxa básica de juros, o que exige ajustes fiscais imediatos.

Em um contexto de desafios econômicos, a discussão sobre a dívida pública não pode ser tratada como uma mera questão de fé. A necessidade de estratégias eficazes e transparentes é fundamental para assegurar um futuro econômico estável e sustentável para o Brasil.

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