Mulheres de ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva têm altos salários em cargos públicos, principalmente em tribunais de contas estaduais. Essas conselheiras, que ocupam posições vitalícias, chegam a receber até R$ 100 mil por mês, somando salários e benefícios, conforme matéria da Revista Oeste.
Onélia Santana, esposa do Ministro da Educação Camilo Santana, foi eleita conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Ceará em dezembro de 2024, com um salário fixo de R$ 39,7 mil, além de benefícios como R$ 13 mil em ajuda de custo, R$ 2 mil de auxílio-alimentação e mais de R$ 5 mil de auxílio-saúde. Esse tipo de nomeação é comum, e outras conselheiras em tribunais de contas também têm vencimentos expressivos.
No Tribunal de Contas do Estado do Amapá, por exemplo, Marília Brito Xavier Góes, esposa do ministro Waldez Góes, recebeu até R$ 119 mil brutos por mês, em 2024, quando o marido era governador. Já no Piauí, Rejane Ribeiro Sousa Dias, mulher do ministro Wellington Dias, obteve um total de R$ 595,7 mil líquidos ao longo do ano.
Além das já mencionadas, outras mulheres de ministros também ocupam cargos semelhantes e recebem salários consideráveis. Aline Fernanda Almeida Peixoto, esposa do ministro Rui Costa, recebeu em média R$ 33 mil por mês, e Renata Pereira Pires Calheiros, mulher do ministro Renan Filho, obteve R$ 440 mil líquidos ao longo de 2024. Apesar dos altos salários, não é claro se essas conselheiras possuem a formação necessária para os cargos, o que tem gerado críticas sobre a falta de qualificação técnica para funções tão relevantes.