A escola de samba paulistana “Vai-Vai” gerou grande controvérsia durante o Carnaval de 2024, ao retratar policiais militares como demônios em seu desfile no Sambódromo do Anhembi. Essa polêmica ganhou ainda mais destaque quando veio à tona que a agremiação havia sido autorizada pelo Ministério da Cultura, em julho de 2023, a captar pelo menos R$ 2,1 milhões através da Lei Rouanet para financiar o desfile deste ano.
Inicialmente, a autorização permitia a captação de recursos até 31 de dezembro, porém, em janeiro, o governo Lula estendeu o prazo até abril de 2024. Essa decisão causou um intenso debate público, especialmente entre políticos ligados à segurança pública.
Parlamentares como o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) e a deputada estadual Dani Alonso (PL-SP) expressaram sua indignação enviando ofícios ao governador paulista, Tarcísio de Freitas, e ao prefeito da capital, Ricardo Nunes. Eles solicitaram a proibição da escola de receber recursos públicos estaduais e municipais no Carnaval de 2025 como uma “sanção pela conduta irresponsável e ofensiva demonstrada”.
A alegoria controversa fazia parte do samba-enredo “Capítulo 4, Versículo 3 – Da rua e do povo, o Hip Hop: um manifesto paulistano”, que era uma homenagem ao álbum “Sobrevivendo no Inferno” do grupo Racionais MC’s.