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terça-feira, 15 julho, 2025
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Equipe ‘informal’ de Janja gera controvérsia: R$ 1,2 Milhão em viagens e salários altos sem cargo oficial

Por Alexandre Gomes

A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, tem levantado críticas por manter uma equipe de ao menos 12 pessoas, apesar de não ocupar um cargo formal no governo. Segundo informações reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o grupo, que inclui militares, fotógrafos e especialistas em redes sociais, custa cerca de R$ 160 mil mensais em salários e já acumulou R$ 1,2 milhão em despesas de viagens desde o início do governo Lula.

Embora Janja não possua um cargo oficial, sua equipe dispõe de infraestrutura e recursos comparáveis aos de uma autoridade pública. Os funcionários, formalmente lotados em diferentes setores da Presidência, atuam exclusivamente para atender às demandas da primeira-dama.

Entre os nomes destacados está Neudicléia Neres de Oliveira, considerada chefe de gabinete informal de Janja, e Cláudio Adão dos Santos Souza, fotógrafo pessoal da primeira-dama, que também conta com um assistente para viagens oficiais. Além deles, especialistas em redes sociais, comunicação e ajudantes de ordens integram o grupo.

A equipe opera em uma sala de 25 metros quadrados no terceiro andar do Palácio do Planalto, o mesmo pavimento do gabinete presidencial. Recentemente, reformas foram realizadas para adequar o espaço às necessidades do grupo.

Janja teria solicitado um cargo oficial para trabalhar com pautas como feminismo, cultura e segurança alimentar, mas o pedido foi negado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, por potencial caracterização de nepotismo. Mesmo sem o título formal, sua atuação levanta questionamentos sobre os limites de influência e gastos públicos sem a devida oficialização.

A Secretaria de Comunicação (Secom) limitou-se a confirmar os cargos oficiais dos funcionários e justificar suas funções com base na Lei nº 14.600/2023. No entanto, críticos apontam que a prática contradiz princípios de transparência e eficiência no uso de recursos públicos.

A oposição e analistas políticos destacam que o caso reflete o estilo de gestão do governo Lula, onde prioridades pessoais e institucionais se misturam, gerando uma percepção de favorecimento e falta de austeridade.

Com altos custos e ausência de justificativas claras, a equipe de Janja reacende o debate sobre a responsabilidade no uso do dinheiro público, especialmente em tempos de restrições orçamentárias e demandas crescentes por serviços essenciais no país.

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