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sexta-feira, 17 outubro, 2025
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Encontro entre Marco Rubio e Mauro Vieira termina sem avanços concretos

Por Alexandre Gomes

O encontro entre o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, terminou nesta quinta-feira (16) sem anúncios de acordos ou medidas concretas.

Vieira descreveu a conversa como “muito produtiva”, mas admitiu que nenhum avanço prático foi alcançado em relação ao tarifaço imposto por Washington sobre produtos brasileiros.


Clima diplomático e tom do encontro

Segundo o chanceler, o diálogo ocorreu em “ambiente de descontração” e marcou um primeiro passo para destravar temas que ainda geram atritos entre os dois países.

“Senti muita disposição do governo americano em debater outros temas”, afirmou Vieira em coletiva após a reunião.

Ele destacou que o encontro abre caminho para uma futura reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, ainda sem data definida.


Reunião preparatória para Lula e Trump

O ministro afirmou que o objetivo principal foi criar uma base de entendimento diplomático para que os dois líderes possam dialogar diretamente.

“Foi um espaço para destravar questões e criar um ambiente de diálogo construtivo”, disse Vieira.

O chanceler evitou dar detalhes sobre possíveis pautas econômicas, mas admitiu que a questão tarifária será tratada “em nível presidencial”.


Duas rodadas de conversa

A agenda incluiu duas reuniões:

  • A primeira, mais breve, com 15 minutos de duração;
  • A segunda, aproximadamente 50 minutos, com a participação ampliada de membros das delegações brasileira e norte-americana.

Embora o Itamaraty tenha buscado mostrar otimismo, fontes diplomáticas relataram que as divergências sobre tarifas e política externa persistem, especialmente quanto à posição do Brasil sobre a Venezuela e o papel dos EUA na América Latina.


Contexto político

O encontro ocorre em meio à tensão diplomática entre os dois países após declarações do PT condenando as ações dos EUA na Venezuela. Apesar disso, o Itamaraty tenta manter a diplomacia equilibrada, preservando o diálogo direto com Washington e preparando o terreno para a primeira reunião entre Lula e Trump desde o retorno de ambos ao poder.

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