O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou nesta terça-feira, 23, o encontro entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva durante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Para ele, o gesto do republicano seguiu sua tradicional estratégia de negociação e não deve ser interpretado como derrota política para a direita brasileira.
Segundo Eduardo, Trump agiu como costuma fazer: aumentou a tensão, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se para negociar em posição de vantagem. O parlamentar avaliou que, após o gesto, é Lula quem está obrigado a tentar “extrair algo positivo” de uma eventual reunião direta com o presidente norte-americano.
Críticas ao discurso de Lula e menções de Trump
Eduardo também ironizou a reação de setores da esquerda, que celebraram o encontro como se fosse um revés para a direita. Ele destacou que Trump, em discurso na ONU, mencionou o Brasil de forma crítica, relacionando a imposição de tarifas comerciais à perseguição judicial contra opositores.
O deputado afirmou ainda que o republicano fez referências indiretas ao ministro Alexandre de Moraes e ao Supremo Tribunal Federal, além de ter criticado o que chamou de “complexo industrial de censura” brasileiro, supostamente financiado por organizações internacionais.
Encontro futuro e pressão política
Para Eduardo, caso uma reunião seja confirmada, ela deverá ocorrer no Salão Oval da Casa Branca e sem alinhamento prévio do governo brasileiro. Ele reforçou que o gesto de Trump faz parte de uma pressão calculada, que coloca Lula na posição de precisar provar ganhos concretos da aproximação.
Ao final, Eduardo ironizou novamente os opositores, lembrando que o republicano declarou que “o Brasil vai mal e continuará mal” caso não se alinhe aos Estados Unidos em pontos estratégicos.