O senador Marcio Bittar (União Brasil-AC) tem sido uma das vozes mais fortes na defesa de uma possível candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à presidência em 2026. Em entrevista recente à Revista Oeste, Bittar se mostrou confiante de que o ex-presidente será elegível para disputar a eleição, mesmo diante da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o declarou inelegível por oito anos após a eleição de 2022.
A luta pela elegibilidade de Bolsonaro
Em 30 de junho de 2023, o TSE decidiu, por 5 votos a 2, que Bolsonaro seria inelegível por oito anos, alegando abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, especialmente com a reunião com embaixadores estrangeiros em 2022, que foi considerada uma ação eleitoreira. Porém, essa decisão não abalou a popularidade do ex-presidente, que continua sendo uma figura central na política brasileira.
Bittar, que tem sido um aliado próximo de Bolsonaro, acredita que essa inelegibilidade pode ser revertida. Ele aponta que a nova composição do TSE, com a chegada do ministro André Mendonça, pode favorecer um possível recurso de Bolsonaro. “É insustentável Bolsonaro não ser candidato em 2026. Ninguém vai entender isso no Brasil”, afirma o senador, ressaltando que a decisão do TSE sobre a inelegibilidade está sendo cada vez mais questionada.
PL da Anistia
Bittar, que também é autor do PL da Anistia, acredita que o Congresso pode ser a chave para reverter a situação de Bolsonaro. A proposta de anistia inclui Bolsonaro e outros aliados, como os acusados de envolvimento nos eventos de 8 de janeiro de 2023. O senador vê a aprovação da anistia como uma possível solução, uma vez que o novo cenário político no Congresso, com a presidência de Hugo Motta na Câmara e Davi Alcolumbre no Senado, pode abrir caminho para essa e outras pautas.
Ele destaca que a bancada conservadora tem ganhado força e que, nas próximas eleições de 2026, a direita terá uma representação ainda maior, tornando insustentável a ideia de que Bolsonaro continue inelegível. “O PL vai ter a maior bancada e o Congresso vai precisar de nós mais do que nunca. Por isso, tenho certeza de que a anistia e a elegibilidade de Bolsonaro serão priorizadas”, afirmou.
A força do Conservadorismo nas eleições
Sobre as eleições municipais de 2024, Bittar vê o resultado como uma demonstração clara da força do conservadorismo no Brasil. Ele acredita que as urnas mandaram um recado claro: o povo brasileiro é de centro para a direita. “O ex-presidente Bolsonaro tirou a esquerda do domínio político que ela tinha por décadas. Agora, vemos que a população quer mais liberdade, mais ordem e mais compromisso com a lei”, disse.
Expectativas
Bittar também comentou sobre o andamento do processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele acredita que, com a nova presidência do Senado, o impeachment terá mais chances de avançar. O senador ressaltou que o fim do foro privilegiado também é uma pauta importante para dar mais liberdade ao Senado para agir sem pressões externas. “No mandato de Davi Alcolumbre, um processo de impeachment não será engavetado, vai tramitar”, afirmou.
Cenário político em 2026 e a candidatura de Bolsonaro
Bittar finalizou a entrevista destacando que a candidatura de Bolsonaro em 2026 é quase certa, principalmente diante do atual cenário político. Com a crescente força da direita no Congresso e o amadurecimento do PL, o senador acredita que a elegibilidade de Bolsonaro será possível. “É impossível que o Congresso Nacional não atue se o TSE não aceitar os pedidos de Bolsonaro. Ele será o candidato da direita em 2026”, concluiu.
A defesa de Marcio Bittar pela candidatura de Bolsonaro em 2026 reflete a crescente articulação política da direita no Brasil, que busca garantir a elegibilidade do ex-presidente por meio de medidas judiciais e legislativas. Com a nova composição do Congresso e as mudanças no TSE, o cenário para 2026 pode mudar consideravelmente, com o fortalecimento do PL e a possibilidade de Bolsonaro retomar sua trajetória política.