O setor público consolidado apresentou um déficit nominal de R$ 113,858 bilhões em fevereiro. Em janeiro, o resultado nominal havia sido positivo, com um superávit de R$ 22,232 bilhões, enquanto que em fevereiro de 2023, o saldo foi negativo em R$ 90,606 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Banco Central na manhã desta sexta-feira, 5.
No acumulado do ano até fevereiro, o déficit totaliza R$ 91,626 bilhões, equivalente a 5,16% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses, o déficit nominal nas contas consolidadas do país atingiu R$ 1,015 trilhão, marcando o pior resultado nessa base de comparação desde janeiro de 2021, representando 9,24% do PIB. No ano anterior, o déficit foi de R$ 967,417 bilhões, equivalente a 8,90% do PIB.
O déficit nominal representa a diferença entre receitas e despesas do setor público, já após o pagamento dos juros da dívida pública. No segundo mês de 2024, o governo central registrou um déficit nominal de R$ 114,750 bilhões, enquanto os governos regionais tiveram um saldo positivo de R$ 839 milhões. As empresas estatais, por sua vez, registraram um superávit nominal de R$ 53 milhões.
A dívida pública brasileira aumentou em fevereiro, com a Dívida Bruta do Governo Geral atingindo R$ 8,301 trilhões, o equivalente a 75,5% do PIB, em comparação com 75,1% em janeiro e 74,4% em dezembro. O pico da série da dívida bruta foi alcançado em dezembro de 2020, atingindo 87,6%, em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. Em seu melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), por sua vez, aumentou para 60,9% do PIB em fevereiro de 2024, ante 60,1% em janeiro, totalizando R$ 6,693 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores do que os da dívida bruta devido à consideração das reservas internacionais do Brasil.
