No Brasil dos anos 90, a figura marcante do jovem político carismático Fernando Collor de Mello, conhecido como o “caçador de marajás”, deixou uma marca indelével na sociedade brasileira com sua eleição e subsequente impeachment. Agora, em Portugal, surge um novo candidato que evoca lembranças desse período para os brasileiros mais velhos.
André Ventura, candidato do partido de direita “Chega”, desperta atenção com seu estilo ambicioso e camaleônico. Este advogado de 41 anos, que já pensou em seguir carreira religiosa ou literária, ganhou destaque como comentarista esportivo antes de ingressar na política.
Surpreendentemente, até mesmo brasileiros parecem ser atraídos por Ventura, apesar do discurso anti-imigração de seu partido de extrema direita. Um exemplo disso é Marcus Santos, um ex-atleta profissional brasileiro que se tornou um membro importante do partido “Chega” no Porto.
O apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao “Chega” também é notável, destacando a influência internacional desse movimento político em ascensão.
Além disso, a abstenção e a corrupção são temas cruciais nestas eleições em Portugal. Com uma crescente taxa de abstenção, questões como desigualdade e baixos salários influenciam cada vez mais o eleitorado.
A corrupção, especialmente, impulsiona o apoio à direita radical, conforme observado por especialistas políticos. Portugal, que celebra os 50 anos da Revolução dos Cravos em breve, enfrenta agora o desafio da ascensão da extrema direita, mostrando que não é mais uma exceção nesse cenário político europeu.
André Ventura, oriundo dos subúrbios de Lisboa, construiu sua carreira política com um discurso populista e anti-sistema, atraindo um eleitorado jovem e promovendo sua mensagem através das redes sociais.
Sua estratégia no TikTok, por exemplo, tem sido eficaz para atrair os jovens eleitores, que representam uma parte importante de sua base de apoio.
Com a aproximação das eleições, a ascensão do “Chega” indica uma possível mudança na política portuguesa após anos de governo socialista. O cenário político do país está se inclinando para a direita, com a ascensão de Ventura e seu partido como uma das principais forças políticas do país.
Essas eleições representam um momento decisivo para o futuro de Portugal, e o resultado pode ter repercussões significativas não apenas no país, mas também na política europeia como um todo.
