Após a reeleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência do Senado, a direita conquistou o comando de comissões estratégicas na Casa, ampliando sua influência sobre temas cruciais.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi indicado para presidir a Comissão de Segurança Pública, enquanto Marcos Rogério (PL-RO) assumirá a Comissão de Infraestrutura. Já a Comissão de Direitos Humanos ficará sob a liderança da senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
Além dessas, o Partido Liberal (PL) também deve garantir a presidência da Comissão do Esporte. Outras comissões, como as de Comunicação e Direito Digital, Defesa da Democracia e Transparência, ainda aguardam definições.
Poder estratégico das comissões
Os presidentes das comissões são escolhidos por indicação dos líderes partidários, que negociam entre si o comando de cada colegiado.
Segundo o diretor da Secretaria de Comissões, Marcos Melo, os presidentes têm o chamado “poder de agenda”, podendo:
- Definir as pautas das reuniões
- Escolher os relatores dos projetos
- Convocar ministros para prestar esclarecimentos
- Sabatinar indicados a tribunais e embaixadas
- Fiscalizar atos do governo
- Realizar audiências públicas
As comissões só iniciam seus trabalhos após a definição dos seus membros e a eleição de presidente e vice. Com a direita assumindo posições estratégicas, o Senado deve se tornar um palco ainda mais intenso de embates políticos e fiscalização do governo Lula.