O Sete de Setembro em Brasília, neste domingo, foi marcado por esvaziamento sem precedentes. Nem a presença do presidente Lula (PT) e da primeira-dama Janja em carro aberto na Esplanada dos Ministérios conseguiu atrair público significativo.
Autoridades ausentes
Além da falta de espectadores, chamou atenção a ausência de figuras políticas importantes. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), não compareceu. O Supremo Tribunal Federal (STF), apontado como aliado do governo, também não enviou representantes. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, igualmente não apareceu. Entre os principais nomes do Congresso, esteve presente apenas Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara.
Público reduzido e claque organizada
As arquibancadas instaladas ficaram com muitos espaços vazios. Os presentes eram, em grande parte, ativistas de esquerda e pessoas mobilizadas por sindicatos e lideranças ligadas ao PT para compor plateia e evitar vaias às autoridades. Relatos apontam que parte dessa claque teria recebido incentivos, como lanches, para participar.
Os gritos de “sem anistia” ecoaram, mas não disfarçaram o clima de esvaziamento. A exposição de equipamentos militares montada como parte do evento também ficou quase deserta.
Imagens fechadas e números contestados
A transmissão oficial do desfile evitou mostrar planos abertos da Esplanada, focando em tomadas fechadas para minimizar a percepção da ausência de público. Apesar disso, a baixa adesão foi evidente.
A Secretaria de Comunicação do governo divulgou a versão de que 50 mil pessoas participaram do evento. No entanto, o número foi contestado e virou motivo de piadas nas redes sociais, reforçando a percepção de que a celebração deste ano foi a mais fraca desde o início do atual mandato.