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segunda-feira, 2 junho, 2025
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‘Desconto eleitoreiro’: Lula tenta maquiar conta de luz com medida eleitoreira e repete erros de Dilma, diz Estadão

Por Alexandre Gomes

O governo Lula volta a usar o setor elétrico como ferramenta populista às vésperas de ano eleitoral, e o preço — mais uma vez — será pago pela classe média, pela indústria e por toda a economia brasileira.

É o que denuncia o editorial do jornal O Estado de S. Paulo, publicado nesta sexta-feira (21), ao criticar duramente a nova medida provisória (MP) enviada pelo Planalto que amplia os subsídios na conta de luz para consumidores de baixa renda.

Sob o pretexto de “inclusão social”, a proposta do governo quer beneficiar quase metade da população brasileira com isenções e descontos — o que custará cerca de R$ 4,45 bilhões.

Mas, em vez de ser pago pelo próprio governo, esse valor será repassado diretamente para quem já sofre com impostos altíssimos e inflação: a classe média e o setor produtivo.

“O governo Lula está disposto a correr esse risco em nome da reeleição”, afirma o Estadão.

Populismo irresponsável e tarifas mais caras

A tentativa de maquiar o impacto nos custos, alegando um “aumento pequeno e temporário” de 1,4%, foi feita pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Mas o jornal lembra que esse tipo de promessa já foi feita — e fracassou — no governo Dilma Rousseff, com a famigerada MP 579. O resultado? Apagões, tarifas explodindo e prejuízo para o consumidor.

A indústria eletrointensiva será uma das mais afetadas. Segundo a Abrace, os custos da energia para o setor podem subir até 20%, prejudicando a competitividade do Brasil no cenário global e inviabilizando exportações. Ou seja, enquanto Lula fala em “neoindustrialização”, o próprio governo cria barreiras para a indústria sobreviver.

Subsídios para amigos, tarifaço para o povo

Outro ponto levantado pelo Estadão é a omissão do governo Lula diante dos privilégios mantidos para setores com influência política. Um exemplo é a geração distribuída (como painéis solares), que possui forte lobby no Congresso.

Enquanto o governo se recusa a revisar os benefícios bilionários desses grupos, transfere o peso dos novos subsídios para quem não tem como escapar da tarifa de energia.

O risco, segundo o editorial, é que o Congresso aprove os trechos populistas da medida e transforme o restante da MP em um “festival de jabutis”, cheio de penduricalhos legislativos e novos subsídios bancados pelo bolso do contribuinte.

Um filme repetido — e perigoso

A história está se repetindo, e o Brasil corre o risco de reviver o colapso do setor elétrico que marcou o governo Dilma. Mais uma vez, o Palácio do Planalto age com irresponsabilidade fiscal, manipulando números para ganhar votos e colocando em risco a saúde econômica do país.

Enquanto o governo Lula tenta comprar popularidade com “desconto eleitoreiro”, o brasileiro que trabalha, produz e paga a conta vai sofrer com mais um tarifaço — e com as consequências do descontrole de um governo que não aprendeu nada com seus próprios erros.

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