Na reunião conduzida por Lula (PT), onde tradicionalmente desloca responsabilidades para terceiros, Alexandre Padilha (Relações Institucionais) foi o principal alvo das críticas. Os participantes concordaram que o ministro é o culpado pelo fracasso do governo na votação dos vetos. Surpreendentemente, os líderes presentes não pediram um papel mais ativo de Lula na articulação, como prometido anteriormente. Nem mesmo houve queixas sobre Rui Costa (Casa Civil), responsável pela interação do governo com a Câmara e seu presidente, Arthur Lira (PP-AL).
O ministro Rui Costa nem mesmo compareceu à reunião, enviando sua representante, a secretária-executiva Miriam Belchior. No fim das contas, nada mudou.
O líder de Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (AP), também enfrentou críticas. Muitas bancadas nem mesmo foram abordadas pelo senador.
A suposta “frente ampla” mostrou-se murcha, de acordo com dois vice-líderes do governo, que afirmaram que a reunião foi mais uma demonstração de apoio interno ao partido, com a presença exclusiva de petistas.
Padilha é alvo de críticas por excluir ministros e concentrar a articulação que já não surte efeito. Com funções esvaziadas, ele já não tem controle sobre cargos e emendas.