Nesta segunda-feira (15), a Prefeitura do Rio divulgou o relatório financeiro de 2023, apresentando um saldo negativo. Segundo a análise realizada pela equipe da vereadora Teresa Bergher (Cidadania), especializada em monitoramento do orçamento, a administração municipal registrou um déficit de R$ 1,4 bilhão em relação à receita. Após examinar o documento emitido pela Controladoria Geral do Município (CGM-Rio), concluiu-se que o Rio deixou de angariar R$ 2,1 bilhões dos R$ 44 bilhões projetados para o ano anterior.
“Tivemos um resultado extremamente desfavorável. Não há espaço para otimismo em relação às finanças públicas municipais. O que vislumbramos é um cenário de crescentes dívidas. Além dos R$ 5 bilhões já tomados em empréstimos, o prefeito Eduardo Paes solicitou ao Banco do Brasil mais R$ 1 bilhão para 2024”, declarou Teresa.
A equipe de Teresa destacou outros indicadores importantes. A receita não alcanç os R$ 41,9 bilhões, o que representa uma queda de 5% em relação aos R$ 43,9 bilhões previstos. Já as despesas finais (orçamento inicial + créditos adicionais) totalizaram R$ 48,3 bilhões, excedendo em R$ 4,3 bilhões a estimativa. As despesas empenhadas atingiram R$ 43,2 bilhões, equivalendo a 90% do montante final previsto. O valor das despesas liquidadas foi de R$ 41,9 bilhões, alcançando 87% do total fixado.
O montante de restos a pagar chegou a R$ 3,8 bilhões.
Porém é necessário citar alguns números, que irão demostrar o quanto há algo errado nas contas da prefeitura.
Em 2023, Eduardo Paes pegou um empréstimo de 5 bilhões, que foi aprovado pela câmara municipal, chancelado pelos vereadores.
Ainda em 2023, alegando que apenas 700 mil dos 3 milhões aprovados em dezembro de 2021, entraram na conta da prefeitura, Eduardo Paes pediu um empréstimo de 797 mil para sistema BRT.
Em 2024, Eduardo Paes pegou um empréstimo de 1 bilhão de dólares do banco mundial.
E para finalizar, por hora, enquanto ele pedia todos esses empréstimos, a prefeitura já recebeu 4 bilhões dos 7,5 bilhões destinados ao município do Rio, pela venda da CEDAE. Dinheiro esse que pode ser gasto como o prefeito quiser.
“Cada prefeito gasta como quiser. Não há destinação prevista, é um dinheiro livre”, disse Cláudio Castro.
Como a prefeitura está no vermelho?
O TCM tem que apurar tudo isso.