As derrotas do Partido dos Trabalhadores (PT) em cidades-chave nas últimas eleições municipais geraram consequências significativas para a disputa interna pela presidência do partido, atualmente liderado por Gleisi Hoffmann, conforme apurado por Igor Gadelha, do Metrópoles. O mandato da deputada federal (PT-PR) termina em 2025, o que abre espaço para que um novo nome assuma o comando da sigla.
Um dos principais nomes cotados para substituir Gleisi era o prefeito de Araraquara, Edinho Silva. No entanto, seu prestígio foi abalado após a derrota de sua candidata à sucessão na cidade paulista, Eliana Honain (PT), que perdeu para Dr. Lapena (PL), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, com uma vitória no primeiro turno. Esse revés em uma cidade onde o PT mantinha forte influência pode comprometer as chances de Edinho Silva na disputa interna pela presidência do partido.
Outro nome que vem ganhando força é o do deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara dos Deputados. A cúpula do partido tem discutido a possibilidade de indicar alguém do Nordeste para assumir o comando, o que favorece Guimarães. Contudo, há rumores de que o presidente Lula não estaria convencido de que Guimarães seja o melhor nome para o cargo.
Além disso, o atual secretário-geral da Presidência, Márcio Macedo, também é cotado para assumir a presidência do PT. Macedo é um nome tradicional no partido e sua substituição por Gleisi Hoffmann em um eventual cargo ministerial está sendo discutida.
O processo de sucessão de Gleisi não está apenas limitado às disputas individuais, mas também envolve uma estratégia regional. A direção do partido cogita a possibilidade de dividir as principais diretorias entre representantes do Nordeste e do Sudeste, fortalecendo o equilíbrio de forças dentro do PT. A disputa pela liderança da sigla poderá ter um impacto profundo na estratégia do partido para as eleições de 2026, especialmente se houver dificuldades em recuperar influência em cidades importantes, após derrotas eleitorais recentes.
