Um grupo de seis deputados apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados visando a triplicar o número de assessores disponibilizados pela União para Jair Bolsonaro e outros ex-presidentes da República.
O projeto, protocolado na quinta-feira (9), propõe modificar a legislação que trata das medidas de segurança dos ex-presidentes, elevando de quatro para 12 o número de assessores aos quais eles teriam direito após deixarem o Palácio do Planalto.
Além de Bolsonaro, a medida beneficiaria outros cinco ex-presidentes brasileiros ainda vivos: Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Fernando Collor e José Sarney (MDB).
O projeto foi protocolado pelo deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e coassinado por Paulo Bilynskyj (PL-SP), Evair de Melo (PP-ES), Sargento Fahur (PSD-PR), Mauricio Marcon (Podemos-RS) e Mario Frias (PL-SP).
Os parlamentares justificam a proposta destacando a importância da preservação da integridade física dos ex-presidentes, considerando que possuem informações privilegiadas e que sua segurança é vital para o Estado brasileiro.
O momento da apresentação do projeto é relevante, pois ocorre enquanto alguns assessores de Bolsonaro estão detidos por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. Dos quatro servidores pagos pela União e à disposição de Bolsonaro, um deles, Sérgio Cordeiro, encontra-se atualmente preso por suspeita de envolvimento em fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente.
Antes de sua detenção, Cordeiro atuava como segurança de Bolsonaro. Outro segurança do ex-presidente, Marcelo Câmara, também está preso, embora seu salário fosse custeado pelo partido de Bolsonaro, o PL.