O deputado Zucco (PL-RS) foi oficializado nesta quarta-feira (18) como o novo líder do bloco de oposição na Câmara dos Deputados, sucedendo o também gaúcho Filipe Barros (PL-PR). A decisão foi anunciada em coletiva de imprensa e marca uma nova etapa para a oposição, que conta principalmente com parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e do Novo. Juntas, as siglas somam 97 deputados.
Durante a coletiva, Zucco destacou a concessão de anistia aos condenados por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023 como uma das prioridades do bloco. Ele revelou que a oposição fechou acordo para apoiar o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara, na eleição de fevereiro de 2024, com base nesse compromisso.
“Vamos trabalhar, em 2025, o que foi apalavrado em relação à anistia. E, inclusive, a oposição está apoiando a candidatura em cima do que foi apalavrado em relação à anistia”, afirmou Zucco.
Olho nas Eleições de 2026
Confiante no crescimento político do bloco, Zucco projetou uma vitória da oposição nas eleições presidenciais de 2026. O parlamentar afirmou que o grupo deixará de ser oposição em 2027, enfatizando a força política do bloco e pedindo respeito às suas posições.
“Nós aqui não seremos mais oposição. Nós seremos situação em 2027. E é importante nos respeitar”, declarou o líder.
Graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), Zucco iniciou sua carreira política ao ser eleito deputado estadual pelo PSL em 2018. Posteriormente, passou pelo União Brasil e Republicanos antes de se filiar ao PL.
Em 2022, Zucco ganhou destaque como presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), consolidando sua atuação em pautas conservadoras e de segurança pública.
Como líder da oposição, Zucco terá a tarefa de coordenar um bloco heterogêneo e atuar em meio a um cenário político marcado por polarizações. Além disso, precisará consolidar a agenda do grupo diante de um governo que busca articulação com partidos do centrão para fortalecer sua base parlamentar.
A oposição, sob a liderança de Zucco, promete ser um contraponto ativo, mantendo o debate acirrado sobre temas sensíveis e mobilizando forças para as disputas políticas futuras.