A deputada estadual petista Rosa Amorim (PE) publicou um vídeo nesta terça-feira (27) em que aparece abraçando o presidente venezuelano Nicolás Maduro. No vídeo, a parlamentar enaltece a ditadura venezuelana e expressa seu apoio ao regime de Maduro.
No vídeo, Rosa Amorim compartilha um encontro com Maduro durante uma reunião da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba-TCP). Ao lado do presidente venezuelano, ela demonstra sua satisfação em encontrá-lo e menciona que leva o “carinho dos brasileiros” para ele. Maduro, por sua vez, elogia o Brasil e Pernambuco, dizendo que ambos são “muito belos” e grita “Viva o Brasil”. A deputada, que também é membro do MST, responde com “Viva Maduro” e “Viva o levante popular”.
Rosa Amorim destacou que Maduro tem liderado um “processo revolucionário baseado na soberania e na participação popular”. Ela afirmou que, desde a morte de Hugo Chávez, Maduro tem conduzido, junto ao povo venezuelano, um processo revolucionário centrado na soberania e na participação popular. Rosa Amorim estava acompanhada por um grupo do MST que participou da reunião da Alba-TCP.
Na mesma data, Maduro agradeceu publicamente o apoio do MST, mencionando que o grupo enviou uma equipe de mil pessoas do Brasil para trabalhar em terras venezuelanas. O ditador expressou sua gratidão dizendo: “O MST me mandou uma equipe com mil homens e mulheres do Brasil para produzir em terras venezuelanas. Bem-vindo, Brasil. Bem-vindo! Bem-vindo, povo brasileiro, com revolução bolivariana. Eu falo português perfeito (sic).”
A posição de Rosa Amorim contrasta com a do presidente Lula (PT), que ainda não reconheceu a vitória de Maduro nas eleições de 28 de julho. Em um comunicado divulgado no sábado (24), Lula e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, reiteraram a exigência de divulgação das atas eleitorais como condição para reconhecer Maduro como presidente.
Países como Estados Unidos e Argentina consideraram o opositor Edmundo González como vencedor das eleições. A oposição venezuelana afirma ter vencido com base nas atas eleitorais de cerca de 80% das mesas de votação do país. De acordo com esses documentos, que foram publicados online, a aliança antichavista afirma que González obteve 67% dos votos, contra 30% de Maduro.
A posição de Rosa Amorim reflete a do PT, que celebrou a vitória de Maduro. Em uma nota divulgada no dia seguinte à eleição, a Executiva Nacional do partido declarou que o processo eleitoral na Venezuela foi uma jornada “pacífica, democrática e soberana”.