A frase da ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, afirmando que o déficit de R$ 8 bilhões das estatais “não é um rombo”, viralizou nas redes sociais e virou meme. Segundo a ministra, o resultado negativo é “apenas uma demonstração contábil”, pois, segundo ela, “a maioria das empresas ainda é lucrativa”.
A declaração gerou uma onda de reações bem-humoradas, especialmente entre políticos e críticos do governo. O deputado Junio Amaral (PL-MG) ironizou:
“A ministra explica que rombo não é rombo. Ou seja, tem cara de rombo, jeito de rombo, cheiro de rombo, mas não se identifica como rombo.”
Outro internauta brincou:
“Depois de explicar que o déficit de R$ 8 bilhões não é rombo, Esther Dweck recebe proposta para se tornar CEO da Americanas.”
A frase gerou diversas montagens e piadas que rapidamente se espalharam pela internet, comparando a lógica da ministra a outras tentativas de suavizar más notícias econômicas.
Déficit das estatais em 2024 bate recorde negativo
A polêmica ocorre em meio à divulgação do pior resultado da história das estatais, com um déficit de R$ 8 bilhões em 2024, o maior desde o início da série histórica, em 2001.
O dado foi divulgado pelo Banco Central e considera estatais municipais, estaduais e federais, exceto Petrobras, Eletrobras, Caixa Econômica e Banco do Brasil.
Quando analisadas apenas as estatais federais, o prejuízo foi de R$ 6,7 bilhões, dez vezes maior que o registrado em 2023. O principal responsável pelo rombo foi os Correios, que sozinhos registraram um déficit de R$ 3,2 bilhões.
O governo tenta minimizar o impacto da notícia, mas a repercussão negativa da fala de Esther Dweck continua crescendo nas redes sociais.