Após prestar depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (10), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi defendido por seus advogados como inocente das acusações de tentativa de golpe. Segundo a defesa, ficou “absolutamente claro” que Bolsonaro não participou de nenhuma ação golpista.
O advogado Paulo Cunha Bueno afirmou que o ex-presidente optou por não falar com a imprensa após o depoimento por estar cansado com o longo dia de interrogatório.
“Ele respondeu a todas as perguntas com firmeza, serenidade e verdade. Não se furtou a esclarecer nada”, disse.
Questionamentos reforçam ausência de crime, diz defesa
O advogado Celso Vilardi também destacou que as perguntas feitas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, concentraram-se em eventos já públicos — como a live com ministros, a reunião com embaixadores e o encontro no Palácio do Planalto.
“Não há como considerar crime ou tentativa de golpe a discussão sobre medidas previstas na Constituição, que sequer foram adotadas. Bolsonaro explicou que rechaçou essas sugestões”, declarou Vilardi.
A defesa reforçou que o ex-presidente não executou nenhum ato concreto que pudesse ser enquadrado como crime:
“Essa é a verdade. Ele respondeu de forma serena e objetiva, deixando claro que não houve qualquer ação que caracterize tentativa de golpe”, concluiu Vilardi.
A declaração da defesa ocorre em meio às investigações da chamada “organização criminosa” que, segundo a PGR, teria atuado nos bastidores para contestar o resultado eleitoral de 2022 e supostamente articular medidas contra a ordem democrática.