Dólar Hoje Euro Hoje
segunda-feira, 20 outubro, 2025
Início » Defensor de Trump chama caso Filipe Martins de “assustador”

Defensor de Trump chama caso Filipe Martins de “assustador”

Por Alexandre Gomes

Martin De Luca criticou reportagem do Wall Street Journal sobre o episódio

O advogado norte-americano Martin De Luca, que representa a Trump Media, comentou neste domingo (19) uma reportagem do jornal The Wall Street Journal a respeito do caso de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma postagem nas redes sociais, De Luca descreveu a situação como “assustadora” e levantou preocupações sobre a segurança e confiabilidade dos sistemas do governo dos Estados Unidos.

De acordo com o WSJ, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizou um dado falso da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) para justificar a prisão preventiva de Martins. O documento indicava uma suposta entrada de Martins em solo americano em dezembro de 2022, servindo como base para alegar risco de fuga. No entanto, em 10 de outubro deste ano, a CBP reconheceu oficialmente que essa informação estava errada.

A colunista Mary Anastasia O’Grady destacou que a correção só foi feita mais de um ano e meio depois de Martins apresentar provas de que não havia saído do Brasil na data mencionada. A matéria ressalta que o registro falso foi usado como justificativa para mantê-lo preso por mais de 180 dias, sem acusação formal e, por parte desse tempo, em isolamento. O caso tem sido acompanhado pelo Wall Street Journal desde 2024, e já foi tema de outros artigos da mesma colunista.

“O WSJ relata que Alexandre de Moraes, do Brasil, utilizou um registro forjado da Alfândega dos EUA para prender um opositor político, Filipe Martins, assessor de @jairbolsonaro, com o objetivo de pressioná-lo a colaborar contra Bolsonaro”, publicou De Luca em sua conta na rede social X (antigo Twitter).

Críticas à legalidade da prisão

Na publicação, De Luca afirmou que Moraes “se apoiou por mais de um ano nesse dado forjado para manter Martins detido, com base em uma entrada inexistente nos registros oficiais dos EUA”. E questionou: “Como um governo estrangeiro conseguiu inserir ou se aproveitar de informações falsas dentro do sistema da Alfândega americana para promover perseguição política fora do seu território?”.

O Wall Street Journal informa que as investigações continuam e apontam sinais de possível interferência estrangeira nos sistemas do CBP. Os documentos enviados pela agência à Justiça dos EUA teriam trechos editados, ocultando nomes de funcionários e datas de acesso. A colunista O’Grady ressalta que o ocorrido dificilmente se trata de um simples erro administrativo, e questiona por que a seção de “histórico de viagens” no site do CBP ainda não foi corrigida.

Ela conclui seu artigo dizendo que o público só conhecerá os fatos reais quando for revelado quem acessou o sistema e criou o registro falso. O caso reacende discussões sobre a cooperação jurídica entre países e o uso de dados internacionais em processos conduzidos pelo STF.

Você pode se Interessar

Deixe um Comentário

Sobre nós

Somos uma empresa de mídia. Prometemos contar a você o que há de novo nas partes importantes da vida moderna

@2024 – Todos os Direitos Reservados.